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🤯Luiza Guimarães🤯

Acordo recebendo um carinho maravilhoso na cabeça, finjo estar dormindo só para o Pesadelo continuar, carinho bom da porra.

Pesadelo: nunca vi ninguém dormir sorrindo- fala e eu faço careta abrindo os olhos e ele me olha rindo
Eu: estraga tudo viu?!- falo me levantando e ela só dá risada da minha cara.

Vou pro banheiro do meu quarto e escovo os meus dentes, tomo um banho gostosinho e saio enrolada indo pro closet, visto um conjunto vermelho da Calvin Klein, uma calça jeans clara rasgada e um chinelo laranja da Nike mesmo.

Vou pro banheiro do meu quarto e escovo os meus dentes, tomo um banho gostosinho e saio enrolada indo pro closet, visto um conjunto vermelho da Calvin Klein, uma calça jeans clara rasgada e um chinelo laranja da Nike mesmo

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Passo perfume, desodorante e arrumo o meu cabelo num coque bagunçado, coloco celular e carteira no bolso da calça e saio do quarto vendo o Pesadelo saindo do quarto dele todo arrumado, vestindo uma calça jeans clara, uma camiseta preta e um boné p...

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Passo perfume, desodorante e arrumo o meu cabelo num coque bagunçado, coloco celular e carteira no bolso da calça e saio do quarto vendo o Pesadelo saindo do quarto dele todo arrumado, vestindo uma calça jeans clara, uma camiseta preta e um boné preto da Lacoste com um tênis preto da Oakley, desço plenissima vendo as gurias já prontas e me jogo em cima delas.

Eu: dormiram aqui foi?- pergunto e elas confirmam com a cabeça
Bia: o Pesadelo praticamente obrigou a gente dormir aqui- fala e eu dou risada
Pesadelo: bora logo que eu tenho o dia todo pro cês não- fala do jeitão dele e saímos para a garagem atrás dele.

Entramos geral na Porsche dele, eu e ele na frente e as meninas atrás, ele deu partida para um colégio de rico que sei nem onde fica, o caminho eu fui conversando com as meninas e ele nem tchum para gente, quando chegamos no colégio ele só passou o braço em volta do meu pescoço e eu passei o braço pela cintura dele, entramos indo para a direção fazer a matrícula direto com a diretora, coisa chata do caralho viu?! Assim que entramos na sala da diretora eu até esqueci como se respira, eu nunca vou esquecer esse rosto, assim como nunca vou esquecer o que essa maldita mulher fez comigo.

[...]

7 anos e dez meses atrás

Hoje é o meu aniversário, data essa que não tem a menor importância para mim, ninguém nunca fez questão de lembrar mesmo, nunca nem recebi um simples parabéns na vida, hoje só completam dez anos que nasci para desgraçar a vida dos meus pais, como eles gostam de dizer, então quem se importa? Eu não!

Margarete: Luiza se arruma que nós vamos sair- fala entrando no meu quarto séria e sai logo em seguida sem nem me dar tempo de lhe perguntar para onde.

Tomo um banho e visto a roupa mais nova que tenho já que as outras a maioria estão rasgadas, visto um short jeans normal e uma camiseta preta que uma vizinha me deu em um dia qualquer, prendo meu cabelo num coque e saio vendo os meus pais conversando baixinho, assim que me aproximo eles apenas se calam e a minha mãe sai me arrastando para o carro.

Eu: para onde vamos mamãe?- pergunto enquanto ela dirige sem nem se importar se eu estou ou não no banco de trás
Margarete: comprar o seu presente de aniversário Luiza- fala e eu me animo toda no banco de trás do carro, depois de algumas horas dentro daquele carro a minha mãe mandou eu descer e disse que iria procurar uma vaga para estacionar o carro.

[...]

Agora...

Eu passei horas e horas esperando ela naquele dia, passei dias morando naquela calçada e nada dela voltar, eu passei sete anos morando na rua e fazendo o possível e o impossível para sobreviver, quando eu conheci o Pesadelo eu jurei a mim mesma que se um dia eu voltasse a encontrar essa mulher, eu iria mostrar a mulher que eu me tornei, a mulher que ela não foi, não é e nunca será capaz de me ensinar a ser, porquê se eu sou o que sou hoje, é graças a 14 anos e dez meses longe dos meus progenitores que não valem nem o chão que pisa.
Agora ela está fazendo um discurso para o Pesadelo sobre o quão digna é essa escola enquanto olha nós quatro com cara de desgosto, pela sala dela e o jeito que ela fala e se veste ganhou bastante dinheiro, em cima de uma prateleira tem um porta retrato com uma foto dela, com o esposo dela e eu, em outro a uma foto dela, o esposo dela e mais duas crianças, que hipócrita não?!

Eu: abandonou aquelas duas crianças também Margarete?- pergunto olhando fixamente o porta retrato e ela me olha confusa
Margarete: desculpe, não entendi o que quis dizer- fala e eu me levanto plenissima andando até o porta retrato que tem uma foto minha quando criança sozinha
Eu: acho muita hipocrisia você colocar uma foto da filha que abandonou na sua sala- falo sorrindo amarga e o Pesadelo me olha confuso assim como as meninas e a dona Margarete
Margarete: como você sabe?- pergunta e eu dou um risada sem graça
Eu: é dona Margarete, a criança que você largou na rua para morrer está bem viva e cresceu- falo deixando o porta retrato no mesmo lugar- e junto dela cresceu um ódio tão grande de você e do seu esposo- falo e o Pesadelo me olha com uma sobrancelha erguida e depois olha para a mulher a sua frente com bastante ódio
Margarete: Luiza?- pergunta e eu confirmo com a cabeça
Eu: não precisa olhar para mim e para a minha família com nojo não, eu faço questão de não estudar em uma escola com uma diretora tão lixo como você, aliás, o que uma mulher como você poderia me ensinar? A abandonar uma criança de três anos na rua? A desgraçar a vida do meu próprio filho? Não obrigada, eu sou muito melhor que tudo isso aqui- falo e quebro o portas retratos tirando as duas fotos que me incluí, pego o isqueiro no bolso do Pesadelo e ateo o fogo nas fotos e as jogo na lata de lixo- esqueça que eu existo assim como eu faço questão de esquecer a sua cara, passar bem- falo e saio plenissima para longe desse lugar.

Saio da escola e entro na Porsche plenissima, logo o Pesadelo sai com as meninas e diretora atrás, eles entram no carro e a diretora só olhando, o Pesadelo da partida para longe daquele lugar e eu finalmente consigo respirar fundo.

Ana: você está bem amiga?- pergunta esticando o braço para segurar a minha mão.
Eu: melhor do que nunca- falo sorrindo e o Pesadelo me olha serinho, ele passa a marcha no carro e deposita a mão na minha perna alisando a mesma
Pesadelo: tem uma escola mais perto do morro, vou colocar vocês lá
Eu: pública?- pergunto e ele nega com a cabeça- coloca a gente numa pública vai neném- falo e ele nega com a cabeça
Pesadelo: não adianta nem ficar no meu pé dona Luiza- fala e eu fico emburrada junto com as meninas.

O Preço do Pecado (M)Where stories live. Discover now