"Jogue a minha alma ao inferno, mas esse é o pecado pelo qual eu não arrependo."
Ah o preço do pecado, quem se importa? De uma forma ou de outra eu irei queimar no fogo inferno, então me deixe ao menos desfrutar dos meus pecados... Aquele corpo, aq...
Eu: vou lá em casa tomar um banho e trocar de roupa- falo observando minha blusa completamente molhada de cerveja- já volto- falo e saio andando do bar.
Subo o bar plenissima e a guria lá vem na minha direção sorrindo e para na minha frente me fazendo parar também.
- oi- fala sorrindo Eu: solta o verbo- falo séria e ela da risada - sou morado nova, me falaram que tu é a protegida da favela e resolvi vim me apresentar- fala e eu confirmo com a cabeça Eu: você tem que agradar é os caras da boca não eu amor, eu não sou nada aqui, só moro com o Pesadelo mesmo- falo e ela sorri mais ainda - não quero te agradar, me falaram que tu é engraçada e quero fazer amizade- fala e eu confirmo com a cabeça- prazer Bruna- fala e eu faço um jóia com a mão Eu: satisfação Luiza- falo e ela sorri mais ainda Bruna: posso te fazer uma pergunta? O Pesadelo é solteiro?- pergunta e eu confirmo com a cabeça Eu: igual arroz- falo e saio andando para casa.
Bati muito com a dela não, não estou nem falando isso por ciúmes não, santo não bateu, essa garota tem cara de quem vai aprontar e vai tacar o terror nessa porra, tô gostando nada nada disso. Entro em casa e já subo direto pro meus quarto, vou pro banheiro e tomo um banho gostosinho mesmo, saio enrolada na toalha e vou pro meu closet, visto uma calcinha de renda preta, um sutiã de renda preto que pode muito bem ser usado como cropped, uma calça jeans clara rasgadinha e um chinelo preto mesmo.
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Passo perfume, desodorante e arrumo o meu cabelo num coque bagunçado, pego um par de argolas em cima da penteadeira e um furacão invade o meu closet.
Pesadelo: que porra que tu tem na cabeça?- pergunta puto da vida e eu olho para ele pelo espelho da penteadeira mesmo Eu: não sei, pergunta para a Bruna- falo colocando o meu brinco Pesadelo: está com ciúmes?- pergunta e eu viro para ele o encarando Eu: não meu anjo, só entrei no jogo que você começou- falo me encostando na minha penteadeira Pesadelo: jogo? Me fazer ciúmes agora é um jogo para você?- pergunta e eu olho para ele séria Eu: e flertar com a moradora nova para você é a coisa mais normal do mundo então né?! Marcar com ela no barracão está tudo bem não é?! Papo reto? Vai se foder, tu fica com ciúmes por coisa besta e eu tenho que ficar quieta enquanto tu flerta com os outros? Vai se foder Pesadelo, na moral mesmo- falo boladona e ele nega com a cabeça.
Ele vem na minha direção colocando uma de suas mãos no meu pescoço, a outra vai para a minha cintura me puxando para ele, ele ataca a minha boca em um beijo cheio de fúria, possessividade, agressividade, diferente de todos os outro beijos que já demos, é como se ele quisesse marcar território, durante o beijo ele vai me apertando cada vez mais, meu presando cada vez mais contra o seu corpo, sua mão vai seguindo livremente pelo meu corpo sem nenhum tipo de pudor, quando a falta de ar bate ele separa o beijo mordendo o meu lábio inferior puxando para ele.
Pesadelo: eu não divido o que é meu baby- fala e eu me afasto dele pegando o meu celular e a minha carteira Eu: eu não sou sua Pesadelo- falo e saio andando do meu closet plenissima.
Desço o morro novamente colocando meu celular e a minha carteira no bolso traseiro da calça, entro no bar da mãe Rosa plenissima e vejo geral rindo, volto a me sentar no meu lugar e a mãe Rosa me serve outro copo de cerveja.
Mãe Rosa: agora eu sei porquê demorou- fala olhando pro meu pescoço Ana: colar massa esse teu viu Luiza?!- fala rindo com o resto do povo, pego meu celular do bolso e calça, ligo a câmera frontal e olho o meu pescoço com a marca vermelha da mão do Pesadelo no local aonde ele apertou Bia: que o boy é aqui da favela já descobrimos- fala e o Cobra nega com a cabeça Cobra: ta na Disney? Guria foi arranjar esse macho dela lá no Guarujá, veio aqui só para matar a vontade mesmo- fala e eu dou risada colocando o celular em cima da mesa Eu: cês tão é tudo na Disney caraí, papo reto? O cês só vão descobrir quem é quando eu disser que está na hora de vocês descobrirem- falo e eles dão risada Terror: tu tá ligada que posso mandar os crias rackear teu celular né?!- fala e eu dou risada Eu: garanto que não vai descobrir, meu celular é um livro aberto- falo e desbloqueio o mesmo entregando pro Terror
Meu celular é um livro aberto, mas eu não, escondo os meus segredos e sou tão boa nisso que aprendi também a descobrir os segredos alheios, sei quando alguém esconde algo de mim só de olhar para a pessoa, principalmente esse bando de louco que anda comigo, ninguém me esconde nada aqui não meu anjo.
Pesadelo: qual foi a da vez?- pergunta sentando do meu lado novamente Cobra: a Luiza que ganhou um colar- fala e o Pesadelo segura o meu queixo erguendo o meu rosto, ele analisa o meu pescoço e um sorrisinho convencido brota no canto da sua boca. Pesadelo: quem foi?- pergunta e eu dou de ombros Eu: um ser humano- falo e ele larga meu rosto Pesadelo: seu namorado?- pergunta e eu nego com a cabeça Eu: só um cara que acha que é meu dono- falo plenissima e dou um gole da minha cerveja Terror: que caralho- fala me devolvendo o meu celular Mãe Rosa: tô vendo que logo vamos ter casal na área- fala e olhamos para ela confusos- se não for Luiza com esse macho misterioso, vai ser a Luiza com o Pesadelo- fala e negamos com a cabeça Pesadelo: não tenho cabeça para criança- fala e eu dou risada Eu: única criança aqui é tu meu anjo.