Jenny estava desesperada.
Ana!! Não me deixa!! - Ela diz chorando em meio a soluços quando a ambulância chega.
Rapidamente os paramédicos passam em meio a multidão aglomerada, e com o uso de um desfibrilador começam a tentar trazer Ana de volta, uma, duas, três vezes e nada.
Ela está sem sinais a mais de um minuto, não podemos fazer mais nada, eu sinto muito. - O médico fala balançando a cabeça negativamente olhando para Jenny que inconformada toma o aparelho de suas mãos e cai sobre Ana.
Com o ultimo choque nada acontece, e Jenny chora.
Ah..! - Todos se assustam, Ana acabará de cuspir sangue, ela estava viva.
Como é possível? - Disse um dos paramédicos totalmente perplexo.
A equipe a imobiliza e a põe na marca, onde é levada para o hospital mais próximo junto com Luíza que está inconsciente.
No hospital ...
Essa garota teve muita sorte, soube que a outra que está entre a vida e morte a abraçou na hora da queda, isso sem duvidas evitou que algo pior a acontecesse, e felizmente só houve uma fratura no braço esquerdo e pequenas escoriações. - Disse o enfermeiro que trocava o soro de Luíza conversando com um outro que estava na sala.
Jenny está na sala de espera, aguardando noticias, o tempo parece não passar. Um médico chega e ela logo o aborda.
Doutor, por favor, a moça que estava na sala de cirurgia, Ana Frimon, como ela está?!
Médico: - Realmente foi um milagre que os sinais vitais tenham voltado, mas ela bateu com a cabeça muito forte, sofreu danos internos que graças a cirurgia podemos reparar, mas houve muita perda de sangue, precisamos de um doador O+, você possui este tipo?
Minha nossa, o meu é O-, não há um banco de sangue com esse tipo doutor? - Ela pergunta preocupada.
Médico: - Infelizmente não, é o único que não temos, sugiro que ligue para os familiares da moça, ao menos alguém terá o tipo sanguíneo compatível, mas aviso que precisamos iniciar a transfusão em até 24h, ou ela morrerá.
O médico recebe uma chamada de emergência e se dirige para uma sala o final do corredor, Jenny com as mãos na cabeça, se senta, tira o celular de sua bolsa e liga para Sebastian que atende após o terceiro toque.
Sebastian: - Alô?
Jenny: - Sebastian? É Jenny! Me perdoa estar te ligando esse horário, é que aconteceu algo com Ana.
Sebastian: - O que houve Jenny, pelo amor de Deus ela está bem?! - Ele diz preocupado.
Jenny: - Ela sofreu um acidente e está em coma, é complicado explicar por telefone, veja bem, precisamos de um doador O+, o meu infelizmente não serve, sem isso ela não sobreviverá apesar do milagre de estar viva ainda.
Sebastian: - O meu é o mesmo tipo sanguíneo dela, chego em 4 horas - Ele diz desligando o telefone.
Jenny olha para o celular, e uma lágrima escorre de olho direito, seu mundo estava por um fio. Quem nunca amou tanto alguém a ponto de por tudo, todas as esperanças naquela pessoa? Ela havia posto toda sua vida, seu futuro, seu presente em Ana, e sabem por que? Porque amar é isso, é errar às vezes, é entregar-se por inteira...
Na ala de recuperação..
Luíza acorda com dores pelo corpo, ela está com um roupão azul e com alguns tubos de soro, ao seu lado uma enfermeira faz a medição do mesmo.
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O Anjo (Um romance lesbico)
RomanceAna é uma jovem universitária cursando Administração, é portadora de um jeito de agir e pensar quase extinto, e que apesar dos seus 22 anos já passou por poucas e boas. Luíza é estudante de jornalismo, tem 20 anos e adora curtir a vida com tudo que...