Caleidoscópios de Corações

Perdido em meu Caminho.

Oi, bebês! Já tem algum tempo desde que eu apareço aqui, não é mesmo? Peço desculpas pela demora para atualizar Caleidoscópios de Corações, mas eu estava em uma espécie de bloqueio criativo, o que me deixou muito triste e frustrada por não poder retribuir o carinho de vocês. Caleidoscópios ganhou novos leitores e novas carinhas estão aparecendo por aqui deixar mimos, e eu quase explodi de felicidade quando vi que a minha bebê bateu 4K de visualizações, isso é tão incrível! Muito Obrigada pelo apoio, de verdade, eu sou tão grata por isso!

Por favor, continuem me recebendo de braços abertos, e mimando minhas filhas, inclusive para os amantes de terror/suspense/fantasia minha bebê "Todas as Faces do Diabo" é perfeita, viu? Vão conferir!

Encontro vocês na tag do twitter: #BeijosDeCereja

P.S: Aniversário do Yoongi, Grammy e meu aniversário chegando! Tô tão ansiosa! (Meu aniversário é dia 24/03 para os curiosos como eu, de plantão)

Deixem seu voto e seu comentário, eu me divirto tanto lendo eles!

O capítulo de hoje é bem tenso e delicado, então por favor, tenham cuidado ao ler... Para quem esperava a Wendy apimentando a vida dos Jikook recebeu dor e tristeza, rs. Mas, calma aí! Vem muitos rolês e altas encrencas por aí.
Quem está com saudade da Diana? :)

Boa leitura! 🖤🐰

Eu estava em transe. Era como se o mundo houvesse escolhido prosseguir em câmera lenta, e tudo aquilo que estava ao meu redor ficasse desfocado. Os sons pareciam apenas um ruído de fundo e a natureza que antes mostrara ser tão grandiosa e majestosa, era apenas um detalhe no momento. Eu havia beijado Jeon Jungkook. Era difícil processar essa informação visto que beijá-lo sempre foi uma ação tão distante da minha realidade presente, mas agora, minha dúvida havia sido sanada, Jeon realmente tinha um toque delicioso de cereja em seus lábios róseos. Beijos de cereja roubaram meu fôlego e me estagnaram naquele momento que parecia tão mágico, tão irreal. E não foram apenas um toque de lábios, beijar Jungkook era como sentir o sopro da vida oxigenando meu cérebro e fazendo com que o sangue pulsasse em minhas veias com uma vontade esmagadora de ir em busca da liberdade. Beijar Jungkook foi mais do que prazer carnal, era como um leve bater de asas ritmadas diante de seus olhos ferinos. Diferente de Alice que caiu em queda brusca diante do seu paraíso fictício, ter esse contato íntimo com Jeon foi como me sentir despertar depois de anos congelado em um planeta distante, e talvez seja por isso que tudo que ele faz, é me transmitido com tanto fascínio.

Os bolsos de sua jaqueta sempre escondiam pirulitos de cereja, que agora eu sei que tem o gosto de sua língua.

Seus olhos flamejantes e a falta de familiaridade com a pacificidade do silêncio também despertaram em mim uma curiosidade que hoje já se encontra tão mais aguçada. Eu quero desvendar o universo que ele parece tentar esconder em uma fachada de pausas para piadas ruins e baladas românticas que não me são tão apreciadas.

E quando a ardência do desejo fatal percorria como a adrenalina em nosso interior, eu entendi que através daquele toque um tanto áspero embora se perca na reminiscência do que é singelo, estávamos predestinados. O destino por razões desconhecidas trouxe como avalanche aquilo que não era palpável, e fez com que eu silenciasse o medo para me jogar em queda livre diante da escuridão. Embalado em um chame misterioso e no sorriso travesso daquele garoto que possuía os cabelos negros como a noite, eu entendi que nosso encontro foi premeditado. Eu era você, e você era eu muito antes de sermos inseridos nesse universo caótico.

- Jimin, precisamos ir embora. Agora.

Os pássaros voaram em direção ao norte como se é de costume, as árvores farfalhavam com o vento que beijava aquele cenário melódico. O sol parecia ardente, e as nuvens, rabiscos deformados no céu tão azul. Tudo havia voltado como antes, como sempre havia sido.