Jeon Jungkook

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CARAMBA!!!!!!! O CAPÍTULO TINHA DADO ERRO E EU REPOSTEI 😭😭😭😭

Enfim, o tatuado misterioso ganhou um nome! :)

meus dengos, eu fico feliz demais quando vejo vocês comentando, votando e interagindo aqui, isso significa muito para mim, sério, eu fico toda boiolinha de amor :(

Tentativa de levar a fic para o Twitter: Galerinha com talento em fanarts, edits, desenhos e afins, postem a versão de vocês do Jeon Jungkook de Caleidoscópios de Corações utilizando a TAG #BeijosDeCereja estarei interagindo com todos que marcarem o @koosweetener

beijo, beijo! Boa leitura! 🍒

Jeon Jungkook.

Desde criança a minha necessidade de atenção era nítida, quase evidente. Meus brinquedos eram sempre os carrinhos mais velozes e as motos mais bonitas para que os garotos do pré escolar achassem impressionantes e viessem brincar comigo.

No ensino fundamental quando a febre eram relógios coloridos, minha mãe havia comprado inúmeras daquelas pulseiras para que a cada semana eu usasse uma cor diferente, para que todos possam notar que eu seguia as tendências.

No ensino médio, eu aprendi que os garotos populares usavam camisetas largas e sempre estavam sorrindo para todos como se estivessem em uma propaganda de pasta de dente, e seus cabelos eram brilhantes e macios como seda. Então, eu fui um desses caras.

Camisas largas ocupavam grande parte do espaço do meu guarda-roupa, e as melhores marcas de creme de cabelo enfeitavam a prateleira do box do banheiro. Meu sorriso estava moldado em seu rosto, e eu nunca deixava de esbanjar-lo. Minha máscara estava presa em meu rosto e jamais sairia, e eu não queria.

Eu gostava da atenção de pessoas estranhas e tão carentes quanto eu. Pessoas que também se sentiam vazias e precisavam preencher o espaço vazio de seu peito com futilidades. Há pessoas que ocupam o oco da alma com atenção, fama e carisma. E há pessoas como aquelas da minha escola, que adoravam ser a plateia de pessoas de plástico.

Enfim, eu era uma pessoa de plástico sorrindo para uma plateia de plástico, preso em uma cidade de papel, com emoções escritas a tinta em um dia de chuva.

Haviam dias em que eu queria esmurrar paredes e chutar todas as latas de lixo das ruas. Eu odiava deixar que as pessoas soubessem demais, e ficar tão emotivo… Mas eu também odiava muitas outras coisas.

Eu odiava a agressividade do seu pai, e todos os socos que ele desferia em meu rosto quando passava a noite bebendo.
Eu odiava o fato de que a minha mãe havia ido embora quando completei 13 anos, me deixando com um grande bolo de chocolate enfeitado com um emoji sorridente e calda extra de morango, e então saiu pela porta da frente dizendo que precisava ir, mas que voltava logo.

Eu sabia que ela não voltaria mais.

Eu odiava a injustiça que meus professores cometiam quando zombavam de mim e do meu potencial, e principalmente odiava a mim mesmo por nunca me esforçar o suficiente e sempre ser o cara que fazia as pessoas rirem das minhas piadas idiotas.

Eu odiava sentir o pânico crescendo em meu estômago a cada vez que eu entrava em campo, mas também odiaria se alguém descobrisse sobre o quão nervoso eu ficava a cada partida.

Para aquelas pessoas, eu não passava de um jogador de futebol americano, o capitão do time dos Crows, e o idiota a zero esquerda que fazia todos rirem nos intervalos.

Mas, eu sabia que poderia ser mais. Eu sempre soube. Mas, caso eu mudasse, alguém ficaria ao meu lado? Alguém notaria que eu gostaria de um pouco de invisibilidade?

Caleidoscópios de CoraçõesWhere stories live. Discover now