(05) Os laços que nos unem.

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—Me segura, Jimin.

Sou avisado por um sussurro, antes de pegar na cintura de Yuna e lançá-la para cima. Logo depois voltando para os meus braços, e saindo em cima das pontas em seu pé girando.

—Ok, muito bom. Jimin, foco nela, preste atenção na direção. — Daniela espera uma confirmação que vem logo em seguida. — Ok, ótimo. Yuna se prepare para o seu solo, Jimin entra logo depois.

Se passou dois dias desde que eu recebi a grande oportunidade de me formar esse ano. Foram só dois dias, e sinto como se tivesse sido duas semanas.

Quem ficou como minha dupla foi Yuna. Não tenho muito contato com ela, mas já ouvi vários múrmuros que não são muito bons sobre a mesma, mas ela é realmente boa na dança.

Não que eu não tenha ficado feliz mas... queria muito que Yerin ficasse como minha dupla. Por que quando você dança com alguém, é legal que você tenha um vínculo com ela, assim ajuda os dois a se soltarem mais nos ensaios e na apresentação. Mas como deixaram claro que seria ela, então não pude opinar, afinal eu tenho que fazer tudo que eles pedem.

O ensaio saiu normalmente, igual a ontem. Daniela separou cada dupla por horário, eu fiquei com Yuna depois do almoço, e assim vai os outros alunos até final da tarde. Então significa que eu iria ir mais cedo pra casa.

—Bom trabalho, dupla. — Daniela diz depois de termos acabado o ensaio. — Preciso que saiam da sala para que eu ensaie os próximos alunos, por favor. — Ela pede educadamente.

Confesso que fiquei surpreso. Tem vezes que sou puxa saco dos professores sem nem mesmo perceber, e Daniele deixou isso bem explícito que trata todos os alunos da mesma forma.

Mas a verdade é que ninguém resiste ao meu charme.

—Jimin. — Aproveitando que saímos da aula, Yuna vem me chamar, que consegue minha atenção, então, continua. — Treine mais, você não está me deixando no eixo, se eu cair, a culpa é sua. — Então sai, como se não tivesse dito nada.

As vezes o ballet tem dessas também, colocam toda a culpa no bailarino pois é ele que tem que deixar a bailarina no eixo, mas a verdade, é que isso tem que vim dos dois. Se a bailarina não está confortável ou está lá só pra me usar como barra pra apoio... aí não tem jeito.

Indo direto pro estacionamento e ignorando o que a minha suposta colega me disse, eu não encontro ninguém. Como falei, estou saindo mais cedo, então os meninos estão todos em aula. (meninos me refiro aos gótiquinhos, também). Acabou que em dois dias a gente se aproximou demais, tinha ficado até com receio de final de semana ser puro tédio por a gente não se conhecer muito. Mas pode acreditar que eu já conheço muito bem um pouco de cada um.

Vou até minha bicicleta, decidindo dar uma volta por aí, mas acabo por pensar em ajudar a minha mãe com uma preocupação a menos, passando no mercado para comprar algumas besteiras para comermos amanhã em casa.

Pego o meu celular e coloco em uma música qualquer, saindo do estacionamento. Mas é claro que algo me interrompe.

—Jimin! — Sou chamado por alguém gritando, me viro e vejo Jungkook correndo em minha direção apoiando as mãos nos joelhos cansado quando chega perto de mim.

—Jungkook? — Tiro os fones do meu ouvido. — Não era pra você estar em aula?

—Era. — Ele se recupera e levanta o tronco me olhando. — Matei aula.

Além do Preto e Branco. • PJM + JJKWhere stories live. Discover now