Capítulo 33

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POV SOPHIA:

Senti meu corpo sendo depositado delicadamente no colchão. Minha cabeça foi posicionada entre os travesseiros e um beijo casto foi deixado na minha testa.

Me aconcheguei na cama, afim de me acomodar melhor logo depois.

A sensação de conforto parecia fazer todos os meus músculos relaxarem. Me remexi entre os lençóis e passei as mãos ao meu lado, afim de sentir a presença de Oliver e me juntar melhor ao seu corpo.

Nosso momento juntos foi tão bom e tudo o que eu senti, foi totalmente diferente das outras vezes. Parecia o certo nossa ligação, não sendo uma simples transa.

Até mesmo o seu jeito de me tocar e de me fazer gozar, foi único e parecia que ele estava aproveitando cada momento ao fazer aquilo comigo.

Parecia algo mais emocional, cheio de sentimentos...parecia que estávamos fazendo amor. E eu nunca havia feito aquilo com ninguém, nem mesmo com a pessoa na qual perdi a virgindade.

Mas, dentro de mim, mesmo que eu sentisse tudo isso, também sentia como se fosse a primeira vez e última.

Uma despedida.

Ainda de olhos fechados, me embolei com o travesseiro, me sentindo frustrada por não sentir o corpo de Oliver ao meu lado. Cocei os olhos delicadamente e estava prestes a abri-los, quando a porta do meu quarto foi aberta abruptamente.

— Sophia, acho que algo de ruim pode estar acontecendo com Oliver! — Só de ouvir a menção do seu nome, meus olhos se abriram no rompante e meu corpo se elevou totalmente do colchão.

— O quê? Como assim? — Meu coração batia rapidamente e eu podia o ouvir freneticamente em meus ouvidos.

— Não sei explicar, mas sei que ele saiu às pressas depois de receber um telefonema. Parecia que algo estava errado e eu tenho uma leve suspeita de que talvez tenha sido uma mulher que ligou para ele! — Só o fato de ouvir minha amiga dizendo aquilo, me fez ficar em alertar.

Me levantei às pressas da cama e comecei a andar de um lado para o outro dentro do quarto.

— Você não ouviu um nome? Ou algo que pudesse dar a entender quem era do outro lado da linha? — Perguntei, mordendo o lábio e me sentindo em um misto de tristeza e ao mesmo tempo decepção.

Era por isso que talvez o sexo tivesse sido algo inesperado e único daquele jeito? Será se ele estava me deixando por outra?

Mas, se ele não quisesse mais, me falaria, não? Concordamos em ser sinceros desde o dia que começamos o namoro, então porque eu sentia que algo estava errado?

— Não, mas, eu fiz melhor. Enquanto vocês estavam no maior amasso, acabei pegando o telefone do quarto dos seus pais para tentar ligar para minha mãe e conversar com ela, só que, não é surpresa que ela não atendeu. Então, quando eu estava prestes a devolver o aparelho, escutei a conversa dele, não que isso seja certo, aliás, acho que escutei até mais do que devia de vocês lá em baixo! — Corei com sua confissão. — Decidi ligar para um carro de passeio rápido e pedi para ele esperar na esquina. — Franzi a testa, não entendendo exatamente onde Luiza queria chegar com aquilo tudo.

— Acho que entendi, mas, vou deixar você terminar para eu não concluir tão precipitadamente! — Ela começou a me puxar pela mão rapidamente logo em seguida, me fazendo descer as escadas às pressas, quase as tropeços, abrindo a porta da frente de casa e colocando a cabeça para o lado de fora.

— Vamos seguir ele, sua bobinha! — Arregalei os olhos com sua afirmação e antes mesmo de eu dizer qualquer coisa que a fizesse mudar de ideia, visto que, isso seria uma invasão de privacidade extrema, Luiza já foi empurrando meu corpo para o vento frio que bateu contra meu corpo do lado de fora de casa, assobiando para o carro que estava com os faróis apagados não muito distante da minha casa.

{RETA FINAL} Aluna Nota A Onde as histórias ganham vida. Descobre agora