Capítulo 36

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POV: OLIVER JAMES

Quando consegui sua atenção, meu sangue gelou. Senti o coração batendo contra os meus ouvidos de maneira rápida e o sangue correr mais rápido em minhas veias.

— Sempre me perguntei se durante a minha vida como professor iria ter um momento de calmaria e privilégio na minha carreira. Entrando e saindo de salas de aulas, palestras insensates e a vontade absurda de poder ter alguém para poder voltar no fim do dia, nunca tinham me passado pela cabeça. Até eu encontrar você! — Fiz uma pausa, sentindo a adrenalina fluir de dentro para fora. — Me envolver com você, observar, admirar, e te sentir, foi uma das melhores dádivas e virtudes que eu pude receber, mas também um dos maiores desafios pelo qual passei em minha vida. Um desafio pelo simples fato de que eu teria que encarar a verdade na qual eu tanto fugia e não queria admitir: eu estava apaixonado pela garota problema mais linda que eu já vi! — Ouvi-se um murmúrio ao fundo de alguns alunos pelo campus. — Cada dia que passava sem você, sem te ouvir falar, dançando pela cozinha da minha casa ou entre os corredores dela, quebrava meu coração inteiro por dentro, a dor absurda se instalando nos meus ossos pela forma que eu abruptamente acabei com a única coisa mais preciosa e verdadeira que eu já tive em toda a minha vida. — Respirei fundo e continuei. — Eu a amo com toda força e adoração da minha alma, segundos, horas e dias ao seu lado, jamais irão ser o suficiente para surprir a necessidade do meu amor por você, é por isso, que eu venho aqui hoje pedir perdão. Perdão pelo nosso último encontro, perdão pelas palavras estúpidas e sem fundamentos que eu proferi, eu preferia mil vezes a minha própria morte ao ver o olhar de tristeza que afugentava seus olhos, sem poder dizer que nada de ruim que eu havia mencionado era verdade acerca de meus sentimentos. E é por isso, que eu venho aqui hoje pedir não somente o seu perdão, mas também a sua mão, senhorita Scott! — Ouvi-se várias palmas e assobios ao redor, e logo depois um coro de ‘’aceita, aceita, aceita’’ e um sonoro ‘’se você não perdoar ele, pode deixar comigo, garota.’’

Sophia ainda me encarava, incapaz de limpar as lágrimas que agora desciam sem controle pelo seu belo rosto. A demora em sua resposta, me fazia apertar os punhos, sentindo o medo irradiar pela minha pele com a possível negação que ela poderia me dar.

Mas, se essa fosse a sua vontade, eu iria respeitar. Eu tinha completa ciência de que os dias longe dela, poderia fazer ela perceber que o nosso relacionamento não era o certo e que eu também não seria ao estar ao seu lado. Por mais que me doesse, me rasgasse o peito e a bili subisse a garganta, eu iria me afastar completamente dela, se ela assim desejasse.

Mas, o que Sophia fez foi algo totalmente ao contrário: ela correu.

Correu pelo campos adentro e eu fiz o mesmo indo atrás dela.

Dessa vez, eu não a deixaria escapar de mim sem ouvir sua resposta!

No momento que fiz isso, todos começaram a aplaudir, alguns diziam "não a deixe escapar dessa vez, cara."

Corri como se minha felicidade dependesse disso, e realmente dependia. Sophia adentrou alguns corredores dentro da instituição, parando em uma grande porta pesada de madeira e a empurrando com dificuldade. Segui logo atrás, entrando e me deparando com várias estantes com livros de diferentes tamanhos e cores e ninguém ao redor, exceto por uma funcionária segurando alguns livros na bancada.

Estávamos em uma biblioteca, mas não foi difícil para Sophia se esconder de mim. A encontrei agachada entre algumas estantes, chorando baixinho e abraçando os joelhos.

— Você não pode chegar assim do nada como se... — Ela começou a falar, mas eu a interrompi em seguida.

— Sophia, eu...

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⏰ Última atualização: Jan 31 ⏰

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