239º e 240º dias: O remanescente é alertado / O juízo é liberado

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(Ezequiel 1-8)

EZEQUIEL

Autor: Ezequiel; Tema: O Juízo e a Glória de Deus; Data: 590-570 a.C. O contexto histórico do livro de Ezequiel é a Babilônia durante os primeiros anos do exílio babilônico (593-571 a.C.). Nabucodonosor levou cativos os judeus de Jerusalém para a Babilônia em três etapas: (1) em 605 a.C., jovens judeus escolhidos foram deportados para Babilônia, entre eles Daniel e seus três amigos; (2) em 597 a.C., 10.000 cativos foram levados à Babilônia, estando Ezequiel entre eles; e (3) em 586 a.C. as forças de Nabucodonosor destruíram totalmente a cidade e o templo, e a maioria dos sobreviventes foi transportada à Babilônia.

Ezequiel tinha uns dezessete anos quando Daniel foi deportado e, portanto, os dois eram praticamente da mesma idade. Ezequiel e Daniel foram contemporâneos de Jeremias, porém mais jovens que ele e, provavelmente, foram por ele influenciados, por ser profeta mais velho em Jerusalém (cf. Dn 9.2).

O propósito das profecias de Ezequiel foi duplo: (1) entregar a mensagem divina do juízo ao povo apóstata de Judá e Jerusalém (1-24) e às sete nações estrangeiras ao seu redor (25-32); e (2) conservar a fé do remanescente fiel a Deus no exílio, concernente à restauração de seu povo segundo o concerto e à glória final do reino de Deus (33-48). O profeta também ressaltava a responsabilidade pessoal de cada indivíduo diante de Deus, ao invés de somente culpar os antepassados e seus pecados como a causa do exílio como julgamento (18.1-32; 33.10-20).

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239º DIA: O REMANESCENTE É ALERTADO

RODAS DENTRO DE RODAS, COMO UM GIROSCÓPIO

1:1 Eu tinha 30 anos e vivia com os exilados junto ao rio Quebar. No dia 5 do quarto mês, o céu se abriu, e eu tive visões de Deus.

2-3 (Foi no dia 5 do quarto mês, no quinto ano do exílio do rei Joaquim, que a Palavra do Eterno veio ao sacerdote Ezequiel, filho de Buzi, às margens do rio Quebar, na terra da Babilônia. O Eterno se manifestou a ele naquele dia.)

4-9 Olhei e vi uma imensa tempestade de areia vinda do norte, uma nuvem enorme, com raios resplandecendo nela, uma bola de fogo gigante ardendo como bronze. Dentro do fogo, havia o que pareciam quatro criaturas pulsantes de vida. Tinham todas elas a forma de um ser humano, mas cada uma tinha, também, quatro rostos e quatro asas. As pernas eram robustas e retas como colunas, mas os pés tinham cascos como os de um bezerro e reluziam como bronze polido. Nos quatro lados debaixo das asas, elas tinham mãos humanas. As quatro criaturas tinham rostos e asas, e as asas tocavam umas nas outras. Elas não se voltavam nem para um lado, nem para outro: andavam sempre para a frente.

10-12 Os rostos tinham a seguinte aparência: na frente, um rosto humano; no lado direito, um rosto de leão; no lado esquerdo, o rosto de um boi; atrás, um rosto de águia. Foi isso que vi. As asas estavam abertas, e as pontas de um par de asas tocavam a criatura do lado; o outro par de asas cobria o corpo. Cada criatura se movia diretamente para a frente. Para onde quer que o espírito fosse, elas iam também e não se viravam quando se moviam.

13-14 As quatro criaturas tinham a aparência de fogo, isto é, de uma tocha acesa. Labaredas estalavam entre elas, como descargas de relâmpagos.

15-16 Enquanto eu observava as quatro criaturas, vi algo parecido com uma roda no chão ao lado de cada uma das criaturas de quatro rostos. As rodas tinham a seguinte aparência: eram rodas idênticas, reluzentes como diamantes ao sol, e parecia que eram rodas dentro de rodas, como um giroscópio.

Leitura Anual da Bíblia em Ordem CronológicaWhere stories live. Discover now