35. Promessas

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As lágrimas caiam constantemente, enquanto meu coração permanecia-se apertado. Era difícil explicar a explosão de sentimentos que irradiava o meu corpo naquele momento. Sentia a falta de Jim Hopper, sentia a falta de seu abraço caloroso, das longas noites de cinema, onde assistíamos inúmeros filmes de faroestes. Sentia a falta de nossas conversas aleatórias e das broncas a quais era necessário lhe dar pelo seu vício em cigarro, sentia a falta de meu melhor amigo e do meu pai. Ele era o príncipe encantado de minhas histórias, sempre disposto à me salvar. 

"E quando a vida a machucá-las, porque ela vai, lembrem-se da dor

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"E quando a vida a machucá-las, porque ela vai, lembrem-se da dor. A dor é boa. Significa que você está fora daquela caverna." Leio e releio esta frase milhares de vezes, e então uma porta "se abre" diante de mim. Não poderia deixar-me entrar naquela caverna, pois sei que se o fizesse, dificilmente conseguiria sair. Havia alguém que precisava de mim, alguém agora eu era responsável. 

Eleven valia cada sacrifício. Ela era a minha esperança e a única família que me restava. "Família é poder." A voz de papai ecoa em minha cabeça, e sorrio ao "ouvi-lo". Sempre estive e agora estou mais disposta do que nunca a protegê-la. Não deixaria nada prejudicá-la ou fazê-la mal. 

De repente, dou-me conta de que uma viatura começa a se aproximar e só então reconheço Phil Callahan, acompanhado de seu parceiro e amigo, Calvin Powell. Eles estacionam o carro no estacionamento, logo atrás do meu, e no momento em que os vejo sair para se direcionarem até a mim, limpo as minhas lágrimas rapidamente. Ato àquele que não adiantaria de nada, levando em conta o nariz extremamente vermelho.

- Helena... – Phil chama por mim enquanto bate levemente ao vidro, fazendo-o com que eu o abaixe – Tudo bem? 

- Como você está, garota? – Calvin pergunta, fixando os seus ternos olhares sobre mim.

- Bem na medida do possível... – Eu tento sorrir falsamente. 

- Por que estava chorando? – Phil pergunta enquanto abre a porta de meu carro e entendo o recado – Sabe que pode conversar conosco, Helena. Estamos aqui por você. 

- Eu sei que estão... – Lhe respondo ao sair – É só que... Ainda é difícil. 

- Só... desabafe, garota. – Phil diz, enquanto sorri rapidamente – Temos a mania de nos sobrecarregarmos. É bom colocarmos para fora de vez em quando.

 É bom colocarmos para fora de vez em quando

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