EXTRA - 5: Um Preço a se Pagar

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[Uzumaki Naruto]

Tudo pode parecer mil maravilhas, mas eu sou formado em me ferrar. Eu já deveria imaginar que alguma coisa iria acontecer.

Eu me lembro vagamente de ter ouvido falar sobre essa organização durante minha viagem. Sobre como ela era poderosa e vinha crescendo. Seguindo o plano mais original de todos: caçando, roubando e matando.

Não seria um problema, caso um dos grandes alvos desse bando de nukenins não fosse eu. Jinchuriki da Kyuubi, que sorte a minha.

Até aí tudo bem.

Mas ouvir da boca do sapo velhote que meu mestre, meu grande avô de consideração, meu sábio tarado foi morto pelo líder dessa tal organizaçãozinha... é quase como se alguém tivesse atingido um rasengan bem no meu coração.

Não ouço mais nada além dos meus batimentos cardíacos.

- Você deixou ele ir, não é, godaime? - Ela afirma - Porque você deixaria ele fazer algo perigoso assim? COMO VOCÊ PÔDE MANDAR ELE PARA UM LUGAR TÃO PERIGOSO SOZINHO? - O Kakashi-sensei me impede de me aproximar.

Kakashi- Já chega, Naruto - Cerro os punhos e aperto os olhos com força.

- Droga! - Me dirijo até a porta - Se o ero-sennin fosse o hokage, ele nunca deixaria a godaime se arriscar assim... nunca!

"É hora de te fazer forte... de te treinar" - Sua voz retumba no meu peito.

×××××

Deixo as lágrimas caírem sem controle. Que sentimento é esse que me faz querer morrer? Faz tanto tempo que não me sinto vazio dessa forma. Desde que a Hinata chegou na minha vida, tudo que eu sinto é felicidade.

- Hina... Como eu queria que você estivesse aqui comigo.

Hina- Eu tô aqui - Me viro na direção da sua voz - Tô aqui com você, sempre.

Ela ergue os braços e me puxa para um abraço desajeitado. Aperto sua cintura e abafo um grito na sua roupa, deixando toda minha dor escorrer junto às lágrimas salgadas. Ela me aperta e cantarola uma música.

- Dói Hina... Dói demais.

×××××

[Hyuga Hinata]

O procurei pela vila inteira quando soube da notícia. Até usei meu byakugan. E quando o encontrei, o que vi partiu meu coração. Ele estava chorando, com a mão sobre o peito e a outra puxando os cabelos.

Fiz a única coisa que imaginei, o abracei.

Depois o levei para casa, preparei ramen enquanto ele tomava banho e o fiz se deitar. Ele não chorava mais, mas de certa forma, a expressão sem emoção do seu rosto era mais preocupante que as lágrimas.

Eu não poderia deixá-lo ali, sozinho. Temia que ele fizesse alguma coisa contra si. Então, juntei toda a minha coragem e deitei ao seu lado. Ele não me olhou, mas pude ouvir seu suspiro aliviado, como se temesse que eu fosse embora.

Ele não se moveu, então me encolhi o máximo que pude e abracei seu braço exposto. Nos cobrindo com o edredom.

Me aconcheguei no seu corpo quente e cantei, cantei uma música suave de ninar que minha mãe cantava para mim. Pude senti-lo amolecer ao meu lado e acariciei sua mão até que ele dormisse, que foi quando consegui dormir também.

×××××

Abro meus olhos lentamente e me espreguiço, estranhando a luz forte que entrava pela janela. Eu dormi com a cortina aberta? Me sento e olho ao redor, me recordando aos poucos do que aconteceu.

Olho para o lado e o vejo ali. O sol bate no seu rosto e faz as lágrimas que escorrem dos seus olhos fechados brilhem. Me movo devagar até a cozinha e uso as poucas coisas que têm na geladeira para preparar o café da manhã.

Levo até a cama e acaricio seus fios loiros, o acordando.

Ele come em silêncio e permanece assim quando termina.

- Naruto-kun, eu...

Nar- Eu vou matá-lo - Encaro sua expressão fechada.

- Uhm? Quem?

Nar- Pain. Vou matá-lo!

How to Love the Darkness Where stories live. Discover now