Capítulo 02

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Louis Tomlinson

Ela sorria, quando afastava a boca do bico da mamadeira, enquanto eu a encarava.

Seus olhos tão iguais aos meus me fitavam, parecia que eu era a pessoa mais importante em sua vida... talvez eu fosse mesmo.

Sua mão gorducha passava por meu rosto e com certeza os fios da minha barba machucavam sua pele, mas para a menina parecia não importar. A garotinha só queria chamar atenção, ao mesmo tempo em que eu tentava fazer minha parte de pai do dia.

Anne parecia ter um reloginho, sempre às quatro da manhã ela acordava, tomava sua mamadeira e voltava a dormir, no entanto hoje estava nítido que o seu sono havia passado.

A babá entrou no quarto da minha filha e tomou um leve susto, provavelmente comigo, por estar cuidando da minha pequena. Mas o que eu poderia fazer? Eu pagava a mulher para tomar conta dela, e já havia uns cinco minutos que minha bebê estava chorando, e a tal Briana não havia aparecido para cuidar da minha pequena.

Com isso, acordei com seu choro e vim ver o que estava acontecendo.

Ela só queria um colo, e já tinha tantos dias que eu não fazia isso – já que chegava do trabalho e ela estava dormindo, e quando saía ela ainda estava dormindo –, que achei por bem tomá-la em meus braços. Amava minha filha, era extremamente protetor a seu respeito, em um nível exagerado. Já havia demitido seis babás, essa era a sétima e minha bebê estava com um pouco mais de um ano e meio.

Quando fitei Briana, ela sabia que já tinha perdido seu emprego.Primeiro que a mulher já estava na minha lista vermelha, pois eu soube que levou Anne para o gramado e colocou minha filha no chão. Seria algo normal a se fazer, se esta casa não tivesse ordens diretas para o cuidado com a minha neném.

Desde que perdi Hannah, fiquei um pouco possessivo, e agora tudo que achasse que poderia fazer minha filha adoecer era um motivo de derrubar minha fúria para cima das cuidadoras. Não podia perder mais ninguém que amava, então minhas regras deveriam ser cumpridas.

E para piorar a situação da babá, Anne tinha sido deixada de lado e se eu não tivesse aparecido no seu quarto, tinha continuado chorando por aproximadamente vinte minutos. Era inaceitável minha garotinha ter sido esquecida.

Anne continuou me olhando, mal sussurrando os poucos sons que fazia, e eu levei novamente a mamadeira a sua boca, ela sugou o bico do objeto com vontade tomando o leite que tanto amava. Parecia uma pequena bezerrinha. Sorri levemente com meu pensamento.

— Senhor Tomlinson, posso ajudar? — Briana, questionou.

— Pode voltar para o seu quarto, eu cuido de Anne. Assim que amanhecer pode conversar com Mary  para acertar sua demissão — respondi, calmamente.

Comigo as coisas eram assim, eu ordenava sem fazer alarde, falava em um tom ameno, como se estivesse conversando com Anne. Só gritava em último caso, e se isso acontecesse poderia saber que eu havia passado do meu nível nervoso, para o puto da vida.

— Senhor, desculpe-me, não ouvi a babá eletrônica. Eu…

— Por favor, saía — ordenei, sem olhar para a mulher.

Ouvi uma pequena fungada, mas não importei. Sinceramente, mulheres chorando era um ponto fraco para mim, só que se me escutassem, se soubessem seguir regras não teríamos que entrar nesse empecilho. Então, agora que aguentasse as consequências.

Eu não era abusivo nem nada, pedia com todo cuidado para lerem o contrato de trabalho que continham cláusulas enormes “NÃO COLOCAR ANNE EM LUGARES QUE PODEM FAZER COM QUE ELA PEGUE RESFRIADO”, “NÃO DEIXAR ANNE CHORAR DESNECESSARIAMENTE”, “CUIDAR COMO SE FOSSE SUA PRÓPRIA FILHA”.

༻❈N̲̅a̲̅n̲̅n̲̅y̲̅ I̲̅n̲̅ T̲̅r̲̅o̲̅u̲̅b̲̅l̲̅e̲̅ ❈༺Where stories live. Discover now