Capítulo 09

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Louis Tomlinson

Talvez eu fosse um idiota.

Não, com toda certeza eu era.

Como poderia ter ficado com raiva de Harry, por minha filha ter falado seu nome primeiro que o meu?

Ciúmes? Provavelmente, já que eu era o sangue daquela garotinha, que tinha realmente se afeiçoado pelo babá.

O que eu queria? Que ela sentisse mais carinho por mim? Sim, claro!

Mas que motivos eu dei para Anne gostar mais de mim. No seu primeiro ano, deixei ela com mais babás do que devia. Tinha me focado somente no trabalho e deixado minha filha de lado.

E agora o fato de eu ter diminuído minha carga de trabalho, não adiantava de nada. Já que o babá ainda passava mais tempo com ela. Entrei em meu quarto, puto, mas não com Harry.

Ele não tinha culpa de Anne falar seu nome antes que o meu.

Estava puto comigo, por ter abandonado minha filha e achar que ficar em casa poucas semanas daria certo.

Ao menos eu pude perceber que Anne começava a desenvolver sua fala, e talvez Olívia estivesse realmente certa.

O problema de Anne era eu, não as babás, mas sim a minha loucura de achar que tudo tinha que ser cem por cento perfeito. Que minha filha não podia pegar um resfriado.

O quão idiota eu era?

Essa era uma pergunta que ainda não dava conta de responder. Por isso, retirei minha gravata e o blazer do terno, jogando tudo sobre a cama.

Comecei a desabotoar minha camisa, enquanto encarava meu reflexo no espelho do quarto. Fiz o mesmo com a calça e cueca. Depois parti para o banheiro, precisava de um banho relaxante como aquele para tentar parar de pirar.

Depois de estar devidamente vestido, com uma calça de moletom e uma camisa, saí do meu quarto, ainda com os cabelos molhados.

Ouvi uma algazarra vinda do quarto de Anne, o que fez com que parasse próximo à porta que estava fechada, mas que dava para ouvir bem do lado de fora.

— "Que estranhíssimo, que estranhíssimo!" gritou Alice… — Era a segunda vez que Harry lia Alice no País das Maravilhas para Anne, nas poucas semanas que estava aqui, e pelo jeito minha filha adorava.

Já que sua gargalhada podia ser ouvida fora do quarto. Enquanto o garoto continuava a ler, abri a porta vagarosamente. E aí entendi o motivo da minha filha achar tanta graça em algo. Harry estava com o livro em uma das mãos, e Anne estava sentada na cama que ficava as suas bonecas e ursos.

O babá estava em pé no meio do quarto e fazia caras e bocas enquanto encenava a história para neném. Assim que Alice começou a crescer no livro, ele começou a pular parecendo um maluco.

A ira de minutos atrás passou imediatamente quando comecei a observar aquele garoto.

Tão pequeno, mas tão encantador. Lindo, não... malditamente lindo. Engraçado e parecia gostar tanto da minha filha. Aquilo me encantava.

Anne parou de olhar para ele, e eu me culpei por estragar a interação que eles andavam tendo.

Assim que Harry percebeu que não estava mais sozinho no quarto se voltou para mim e engoliu em seco.

Droga! Eu o deixava apreensivo e realmente não sabia o motivo, mas não queria que ele ficasse daquela forma comigo. As outras babás eu não me importei de fazer o mesmo, só que com Harry tudo parecia diferente. Anne gostava dele e ele fazia minha filha rir.

༻❈N̲̅a̲̅n̲̅n̲̅y̲̅ I̲̅n̲̅ T̲̅r̲̅o̲̅u̲̅b̲̅l̲̅e̲̅ ❈༺Where stories live. Discover now