Capítulo 16

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Louis Tomlinson



Estava cansado das investidas de Olívia, era sempre a mesma coisa.

Tinha que levar minha vida para frente, pois não podia ficar remoendo uma morte para sempre. O problema era que Olívia não entendia que eu nunca a quis, mesmo que tivesse passado mil anos após a morte de Hannah, eu nunca daria uma chance para ela, pois não tinha nem sequer uma atração por aquela mulher.

Quando ela apareceu na minha empresa com uma roupa que deveria chamar minha atenção, eu já sabia que aquilo acabaria mal. Estava cansado e me preparando para vir embora, mas a mulher insistiu em me acompanhar.

Realmente não estava com saco para aguentar Olívia, no entanto tentei ser educado. Algo que não costumava ser, já que me tornei alguém quase intragável depois da minha perda.

Olívia foi tentando se jogar para cima de mim a viagem toda, já que havia ido ao Empório de táxi.

Uma mulher esperta tinha que admitir, porém se ela achou que iríamos chegar à minha casa e ela iria direto para minha cama estava muito enganada.

Foi aí que tivemos uma discussão e eu disse o que já estava entalado em minha garganta há muito tempo. Para piorar ou melhorar, dependia do ponto de vista que se enxergava, encontrei a razão dos meus pensamentos na escada e agora estava o encarando sentado na cadeira do meu escritório.

Fora que acabava de revelar a ele que queria provar do seu beijo, talvez suas bochechas que estavam coradas perderam toda a cor e seu rosto ficou pálido.

Por um momento pensei que Harry desmaiaria ali na minha frente, e agradeci por estar sentado, senão cairia no chão.

Mas o seu silêncio era o que me matava, eu não sabia o motivo, porém estava louco para provar aqueles lábios, que a cada segundo que passavam se tornavam ainda mais atraentes para mim.

Seria estranho demais dizer que Harry tinha mexido comigo desde o dia que salvou Anne?

Parecia que desde aquele dia eu já o enxergava de uma maneira diferente, e depois que vi seus desenhos tudo pareceu ganhar uma força total.

Conviver com ele na mesma casa, me deixou estranho, mas ao mesmo tempo bem, ainda mais quando parávamos para conversar.

Só que agora não sabia onde enfiar minha cara, pois ele não falava nada, e parecia que iríamos continuar daquele jeito por muito tempo.

O que eu estava pensando? Que ele se jogaria em meus braços e daria o beijo que tanto desejava?

Ainda mais depois de passar dias sem olhá-lo direito, já que tentei evitar tudo o que estava sentindo por ele. Todo o desejo que estava crescendo dentro do meu corpo. Sério? O que eu queria? Que ele fosse sempre abraços, sorrisos e beijos para mim, depois de ter sido mais uma vez um filho da puta.

Harry pareceu sair dos seus devaneios, mas foi pelo motivo que eu não queria? A babá eletrônica anunciou que Anne estava resmungando, e parecendo querer fugir, ele saiu do meu escritório sem ao menos se despedir.

Tomei o resto da minha bebida em um gole só.

Sabia que estava enferrujado, que tinha que dar o primeiro passo, já que eu não flertava há bastante tempo. Por isso, levantei da cadeira e caminhei para onde eu sabia que ele estava.

Deixei o blazer do terno no aparador que havia no caminho e dobrei as mangas da camisa até os cotovelos. Assim que cheguei ao quarto de Anne ela já havia pegado no sono novamente, eram só alguns resmungos noturnos. No entanto Harry não havia percebido que tinha o seguido até ali.

༻❈N̲̅a̲̅n̲̅n̲̅y̲̅ I̲̅n̲̅ T̲̅r̲̅o̲̅u̲̅b̲̅l̲̅e̲̅ ❈༺Where stories live. Discover now