Epílogo

711 86 2
                                    

Harry Styles


Um ano de casado, um ano que eu só sabia ser feliz, um ano apaixonante. E para variar mais uma surpresa de Louis em minha vida.

Ele havia acabado de abrir a porta do carro para que eu descesse, e estendeu a mão para um espaço que parecia uma galeria. Ficava em um bairro importante de Londres, e eu não soube identificar o que ele estava querendo me dizer com aquele gesto.

Anne desceu do banco de trás e me estendeu sua mãozinha para que eu segurasse. Antes que pudéssemos andar em direção a tal galeria, questionei a minha gorduchinha.

— Você sabe o que seu pai está aprontando?

Ela sorriu, e eu tinha certeza que sabia, mas aquela pestinha mentiu na cara dura.

— Não mamãe Harry.

Era assim que ela me chamava: “mamãe Harry”, com seus quatro anos ela já tinha entendido que uma de suas mamães estava no céu, e a outra, eu, foi um presente que ela ganhou. Então Anne chamava Hannah de “mamãe Ana”, ou “mamãe anjo”, e eu de “mamãe Harry”.

E aquilo era a coisa mais fofa que eu podia presenciar.

Começamos a andar, em direção ao lugar. Louis segurou a outra mãozinha de Anne e caminhamos até a porta do lugar.

Paramos em frente a porta para Louis destrancá-la. Levantei uma sobrancelha para ele que não disse nada, só sorriu.

Quando entrei no lugar arregalei meus olhos.

Não podia ser.

Não era verdade.

Ele não tinha feito aquilo.

Levei minha mão livre à boca para conter meu espanto e deixei que as lágrimas descessem. Desde que comecei a viver intensamente com Louis, eu só chorava devido a suas provas de amor.

E aquela era muito para processar.

Ele tinha montado uma galeria para mim. E aquilo não podia ser real.

— Lou. — solucei.

— Era seu sonho, e eu não podia deixar de realizar o sonho do meu garoto. — Abraçou minha cintura, ao sussurrar.

E realmente ele realizou, pegou todos os desenhos que eu estava desenhando nos últimos tempos, e colocara na galeria.

Estavam em quadros de madeira com um acabamento perfeito.

Quando me casei com Louis, preferi deixar a floricultura, pois era muito longe o meu ir e vir.

Mesmo que tivéssemos motoristas eu não queria passar mais da metade do meu dia em trânsito.

Então resolvi ficar com Anne – já que sua nova fonoaudióloga, disse que era essencial para o seu desenvolvimento uma pessoa que ela confiava estar por perto –, mas sem dispensar a nova babá.

Olívia nunca mais tentou nos atrapalhar, o que eu havia considerado uma vitória.

E vivendo na casa de Louis, sem ter muito que fazer, tornei o spa meu ambiente de desenho. Ninguém usava aquele espaço, então eu podia me dedicar ao meu dom.

O meu site, até que às vezes tinha alguém que se interessava e comprava algum, ou encomendava uma obra. Eu já estava contente com isso, mas uma galeria era um sonho.

Não sabia como demonstrar o quanto estava feliz, ainda mais que a surpresa tinha chegado bem no dia que descobri outra novidade.

— Não chola, mamãe Harry. — Harry abraçou minha perna e eu abaixei para dizer a ela:

— Não estou chorando de tristeza, é que estou muito feliz, e às vezes a felicidade saí em forma de lágrimas.

— Pode chola então — sorriu.

E eu gargalhei daquela pequena coisinha linda. Me levantei e abracei Louis, enquanto Anne foi andar pelo lugar.

— Obrigada, por ser o homem mais perfeito do mundo. — Beijei seus lábios de leve.

— Com o homem que eu tenho não fica difícil ser assim, você merece muito, eu quero realizar todos os seus sonhos. — Beijou minha testa, mas logo comentou: — Resolvi não colocar nome no lugar, então você tem todo o tempo do mundo para pensar em algo.

— Não preciso pensar, já tenho um nome. — Sorri e declarei:

— Galeria Anne Styles.

— Acho que não existiria nome mais perfeito.

Eu também achava que não, já que se eu tinha orgulho do que me tornara, foi graças a Anne Styles. A mulher que cuidou de mim sozinha, me sustentou e me ensinou a ser uma boa pessoa. Eu devia tudo para a minha mãe.

— Lou, você é o homem mais especial do mundo, o homem que me fez completo, que me deu uma família incrível — declarei.

— Só fiz o que era certo, meu amor. Eu te amo, e agradeço todo o dia por você ter aparecido na minha vida. Sou o homem mais feliz desse mundo.

Ele me olhou com os olhos brilhando e não tinha expressão mais significante do que aquela.

Um homem que me olhava com orgulho, totalmente apaixonado.

— Preciso te falar uma coisa — fiz suspense.

— Pequeno, não faz isso, o que aconteceu? — Amava quando ele me chamava pelo apelido carinhoso que me dera.

E ele todo preocupado era a coisa mais linda.

— Aconteceu algo maravilhoso. — Anne veio correndo em nossa direção e ficou reparando no que eu ia falar. Olhei para ela e sorri, depois voltei para Louis. — Você vai ser papai de novo.

Levei a mão a minha barriga. Confusão passou por seu rosto por meros milésimos mas ele se derreteu, começou a chorar como um menininho e Anne gritou que teria um irmãozinho.

Quando Louis se ajoelhou para conversar com a minha barriga, foi o momento de eu também me desabar em lágrimas.

Enquanto ele e Anne conversavam com o bebê, que eu ainda não sabia o sexo fiquei imaginando que família linda eu tinha. E realmente eu era feliz.

Quem diria que o emprego de babá me traria algo tão perfeito?

A minha eterna felicidade.

.•*´¨'*•.

e acabou. :)

༻❈N̲̅a̲̅n̲̅n̲̅y̲̅ I̲̅n̲̅ T̲̅r̲̅o̲̅u̲̅b̲̅l̲̅e̲̅ ❈༺Where stories live. Discover now