Capítulo 10

857 112 13
                                    

Harry Styles

Ainda estava nervoso com Liam. Que mania de querer me fazer festa de aniversário.

Faltava uma semana para me tornar um ano mais velho, mas não queria aquilo, então ele que parasse de insistir. Era um ano que eu tinha perdido muitas coisas, não tinha nada que comemorar.

Só que nada me preparou para a interação que teria com meu patrão, estava um pouco em choque ainda e só conseguia pensar: ele só havia pedido para ver meus desenhos, acalma coração desesperado.

Tudo bem!

Louis estava ali parecendo todo curioso, mas eu precisava de alguns segundos para aprender como respirar novamente. Já que era Louis Tomlinson – mais conhecido como meu deus grego particular – que estava ao meu lado.

Parecendo querer tirar algum pensamento da sua mente, ele balançou a cabeça um pouco e levantou uma sobrancelha em minha direção.

Ah, droga!

Eu já devia ter respondido algo há alguns minutos, mas me esqueci completamente do que devia fazer ao ficar encarando ele por tempo demais.

— Claro! É… — Peguei o caderno, e entreguei a Louis.

O homem abriu o caderno e começou a ver os desenhos. Ou eu estava muito maluco, ou Louis parecia realmente encantado com o que via.

Ele se sentou na cadeira oposta a minha e começou a analisar tudo, passando folha por folha. No entanto assim que viu um que eu não sabia qual era, parou e ficou encarando por um bom tempo até voltar seus olhos para os meus.

Droga! Será que eu tinha feito algo de errado? Já que sua expressão estava intensa demais.

— Quando você fez esse? — questionou, e me direcionou o caderno para que eu soubesse de qual estava falando.

E eu só sabia dar bola fora. Como não havia me lembrado de que tinha desenhado ele e Anne há alguns dias? Agora o homem em questão tinha visto, e provavelmente estava pensando que eu era um louco.

— Desculpa, foi só que… — Suspirei, pois estava nervoso. — Foi uma inspiração ver vocês na sacada. Desculpe-me, irei jogar fora.

Fiz que iria rasgar a folha com o desenho – mesmo que isso partisse meu coração, eu nunca jogava fora nenhuma obra, nem os mais estranhos, e aquele ali era um dos mais lindos que eu já havia feito.

— Não! — Louis segurou minha mão. E mesmo que eu já tivesse segurado na mão dele, dessa vez parecia completamente diferente. O toque estava quente, aconchegante, e talvez eu quisesse sentir mais daquela pele na pele. — Ficou maluco? Eu amei!

O mundo já podia parar nesse momento.

Louis Tomlinson, dono de um empório famoso, tinha gostado dos meus desenhos, simples, que ninguém se interessava. Mas o homem foda, quase dono do mundo, havia gostado deles.

Com toda certeza eu tinha ganhado o meu dia, e se um meteoro caísse naquele instante eu nem me importaria, pois uma pessoa poderosa tinha gostado do meu trabalho.

Eu tendia a ser um pouco exagerado, e não queria meteoro no mundo. Era só uma brincadeira. No entanto ainda estava encabulado com aquele homem, sentado à minha frente, e ainda segurando minha mão.

Estava parecendo àquelas mocinhas virgens e sonhadoras de contos de fadas, só que esse não era o meu caso. Afinal, eu não era virgem, nem sonhador – a vida fez questão de destruir meus sonhos –, e realmente conto de fadas não existiam.

Percebendo que ainda segurava minha mão Louis a soltou, e limpou a garganta antes de voltar a dizer:

— Você os vende? — Apontou para o desenho.

༻❈N̲̅a̲̅n̲̅n̲̅y̲̅ I̲̅n̲̅ T̲̅r̲̅o̲̅u̲̅b̲̅l̲̅e̲̅ ❈༺Where stories live. Discover now