- Você não vai nem dizer que estou errada? Não vai dizer que são as luzes fluorescentes?
- Não.
Suspirei.
- O que você quer de mim? – perguntei.
- Por enquanto silêncio – ele fala.
- Não vou calar a boca, quero respostas – falei firme.
- Como quer respostas se não deixa eu falar?
Revirei os olhos.
- Sempre brinca com assuntos sérios? Minha opinião sobre você, é que não passa de um babaca idiota.
- Eu teria sido um babaca idiota, se tivesse mesmo cogitado a ideia de ter te matado aquela noite na floresta.
Pisquei, incrédula.
- Você queria me matar?
Ele deu uma risada que soou mais como um deboche do que um riso de alegria.
- Você vê um lobo, que é maior que você, ele rosna e corre na sua direção e o que você pensou Rebeca? Que ele queria se apresentar? – ele estava sério – você faz ideia do que eu tive que fazer pra me controlar?
- Teve que me marcar?
- Acredite se quiser, mas eu não quis fazer isso.
- Que ironia.
Suspirei e olhei para a marca brilhante em meu braço.
- Por que ela brilha?
- A marca serve como um rastreador para mim e como um aviso pra você.
- Como assim aviso?
- Quando estou na minha forma de lobo ou simplesmente quando ativo meus olhos, a sua marca brilha indicando que estou a menos de trinta metros de você e com ela, posso saber onde você está, como eu disse, um rastreador para mim.
- Então quando alguém se aproximar de mim você vai matar? Porque do jeito que você fala é como se eu pertencesse a você – ironizei.
- Eu nunca disse que você era minha propriedade – ele responde – e não sou um assassino.
- Seus olhos são azuis, eu sei que pertencem a lobisomens assassinos e não minta dizendo que não – o encarei bem nos olhos – e na noite que você falou comigo, disse que eu era sua responsabilidade.
- Em parte, é minha culpa a marca parar no seu braço, embora eu não tive intenções para que isso acontecesse – ele estava ficando tenso quando prosseguiu – e quanto a cor dos meus olhos, vou te dizer o que sempre me disseram: Eu nasci assim, Rebeca – ele suspirou – não sei porque meus irmãos tem olhos dourados e eu azuis, meus pais nunca me explicaram o porquê disso e sempre que eu perguntava, eles mudavam de assunto.
Depois disso, eu não sabia o que dizer.
- Você quer saber quem são os assassinos? Os alfas. A única alfa que conheci que não era assassina, era minha mãe – ele finalizou.
- Então o alfa que eu vi, era um assassino?
Ele ficou tenso, muito, muito tenso.
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Marcada pelo lobo
WerewolfMinha vida era normal até eu conhecer ele. Sua arrogância o fazia sempre estar perto de mim. Então, quis o destino que eu fosse marcada. Vi o preto se tornar azul, recebi uma marca de lua e percebi que a minha vida e a dele, eram cheias de segredos.