Explicando o passado

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Por um momento fiquei sem palavras. Por isso o Bennett falava toda hora sobre eu conhecer o pai dele, mas nunca falou em eu conhecer a mãe.
    - Se é muito doloroso pro senhor, por favor, não prossiga – falei.
    - Eu quero, por favor, preciso lhe contar para que compreenda.
    Me calei completamente e deixei que ele contasse tudo.
    - Minha esposa era a alfa de nossa família, essa é a informação que você tem que guardar até o final da história tá?
    Assenti.
    - Tudo aconteceu a dois anos atrás...

FLASHBACK DO PONTO DE VISTA DO JIM...
   
    A chuva estava muito forte e o céu era iluminado pelo raios. Diane, minha esposa, estava na sala tomando seu chá de camomila enquanto fitava a janela. Ela estava preocupada com alguma coisa, pois seus olhos brilhavam como rubis.
    - Não foi dormir ainda querida? – a abracei por trás.
    - Estou sem sono – ela responde.
    Pude sentir que ela estava tensa.
    - Tem alguma coisa te incomodando Diane?
    - É só uma impressão ruim, não se preocupe.
    - Seus olhos estão vermelhos – afirmo.
    - Só estou vigiando – ela tenta me enrolar.
    - Você sabe que não precisa fazer isso sozinha, eu sempre vou te ajudar a cuidar dos meninos e da proteção deles.
    - Eu sei querido, mas é mais minha responsabilidade – ela fala docemente – vou ficar mais um pouco, enquanto isso, por que não vai deitar? Está tarde.
    - Você foi visitar sua velha amiga mais cedo, não foi? – tentei mudar de assunto.
    - Sim, fui.
    - E como ela está?
    - Está ótima, mas me contou uma história um tanto... peculiar.
    - É mesmo? Que história?
    Diane suspirou.
    - Querido por que não vai dormir? Está tarde, amanhã lhe contarei tudo, está bem?
    - Tudo bem – falei enquanto a beijava – mas venha logo tá?
    - Prometo.
    Subi pro quarto, mas não consegui dormir de jeito nenhum. Passou-se uma hora e Diane ainda não tinha vindo deitar. Me levantei e comecei a descer as escadas, quando ouvi algo se quebrando. O barulho vinha da sala de onde Diane estava.
    A grande janela que Diane observava, havia se transformado em mil pedacinhos, assim como a xícara que ela segurava anteriormente. Procurei Diane pelos quatro cantos da sala e a encontrei no chão, coberta de sangue e cheia de marcas de garras.
    - Diane! – corri até ela.
    “Olá Jim”
    Olho para trás e um alfa de pelos escuros estava me observando.

Marcada pelo loboWhere stories live. Discover now