Jim ficou sem palavras, assim como eu.
Isso não poderia ser mera coincidência, tinha que haver alguma ligação...
Está certo que meus pais morreram em um acidente de carro e a mãe de Bennett foi assassinada, mesmo assim, sinto que há algo ainda maior por trás disso.
- Sinto muito – Jim falou simplesmente.
Era evidente que ele estava tendo o mesmo tipo de pensamento que eu, mas não queria comentar nada.
- Sinto muito por Diane também.
***
Na manhã seguinte, Bennett me acompanhou até o meu apartamento. Mandei novamente uma mensagem para Jesse e para o meu Tio hoje mais cedo, dizendo que estava tudo bem e que logo estaria em casa. Eles disseram para mim que assim que nos víssemos iríamos ter uma conversa sobre o ataque que tive na noite anterior. Nem preciso dizer que não estava nada ansiosa para ter essa conversa.
Também preciso confessar que não disse nada a Bennett sobre a conversa que tive com Jim. Não me sentia confortável em tocar no assunto e aposto que ele também não iria gostar de lembrar mais uma vez da morte da mãe.
Então quando ele me perguntou se eu havia conseguido dormir melhor depois que tomamos o leite quente, eu disse que sim, apesar de saber que ele sabia que eu estava mentindo.
- Você quer que eu suba? – ele me perguntou assim que chegamos na frente do meu prédio.
- Sim, por favor.
Eu não conseguiria subir e olhar na cara deles sozinha.
- Tudo bem.
Enquanto esperávamos o elevador descer, Bennett admitiu.
- Sabe, apesar de tudo o que aconteceu, eu deveria me sentir mal por admitir que adorei que você passou a noite lá em casa?
Dei uma risadinha.
- Também gostei.
Quem adivinha o que aconteceu em seguida?
Sim, ele me deu aquele sorriso de arrasar corações.
Filho da mãe!
Por sorte o elevador chegou, graças a Deus...
Mas aí me lembrei de que iríamos ficar em um espaço bem apertado...
- Qual o andar? – ele me perguntou.
- Sétimo.
Enquanto o elevador subia, percebi que ele estava demorando mais do que o normal, ou será que era eu quem estava com pressa para manter distância dele?
- Por quê está nervosa Beca? – ele disse, sem olhar nos meus olhos.
- Não estou nervosa.
- Nem mesmo pela conversa que vai ter com o seu Tio e com Jesse? – ele perguntou inocentemente.
- Ah sim, é por isso.
Bennett se virou e olhou nos meus olhos.
- Meu Deus, você mente muito mal.
- O quê? Estou ansiosa pela conversa, é isso.
- Então não tem nada a ver com eu estar tão perto de você?
- Não...
Ele chegou ainda mais perto de mim e eu recuei até as minhas costas baterem na parte traseira do elevador. Seus olhos estavam brilhando em azul, assim como minha tatuagem.
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Marcada pelo lobo
WerewolfMinha vida era normal até eu conhecer ele. Sua arrogância o fazia sempre estar perto de mim. Então, quis o destino que eu fosse marcada. Vi o preto se tornar azul, recebi uma marca de lua e percebi que a minha vida e a dele, eram cheias de segredos.