Encontros inusitados

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Eu me sentia uma presa, um mero coelhinho que foi emboscado pelo lobo e parecia que ele só não havia atacado ainda, porque ansiava pela emoção de esperar que eu corresse para tornar a caçada mais intrigante.

Mas eu não corri. Ao invés de fugir eu encarei aqueles olhos, que não eram as safiras que eu conhecia, mas os rubis mais tenebrosos e vermelhos que eu havia visto algumas vezes e que jamais me esqueceria deles.

O alfa.

"Rebeca, mas que surpresa ver você por aqui e ainda mais... sozinha".

Se estivesse na forma humana, eu diria que ele estaria sorrindo agora.

"Vamos querida, não vai me dar nem um simples "oi"? Afinal de contas, faz tempo desde o nosso último encontro".

Eu o encarava de todos os ângulos.

Por que estou com tanta vontade de rosnar para ele?

O alfa atravessou o lago e começou a andar em volta de mim, nunca ele havia ousado se aproximar tanto.

"O que pensaria Bennett Lockwood se simplesmente pensasse que sua amada Rebeca está diante de mim nesse momento? Com certeza iria rosnar todos os tipos de ameaças insignificantes e inúteis que existem".

- Deixe ele fora disso – falei da forma mais rígida que pude.

"Ah, deixe-me adivinhar, está zangada com ele?"

Como ele pode estar sempre tão certo do que fala?

- Não.

"Não minta pra mim, dá pra ver em seus olhos que está com raiva dele e eu escuto seus batimentos Rebeca, estão acelerados desde que colocou os olhos em mim, mas teve uma mísera acelerada cardíaca a mais quando disse 'não'".

Raiva em meus olhos?

Arrastei-me até o lago, ainda olhando para o alfa. Só desviei o olhar para ver meu reflexo na água. Meus olhos estavam da mesma cor castanha como sempre.

O que ele quis dizer com aquilo? Ah, não importava.

Voltei a encará-lo e disse:

- Eu odeio você.

"Odeia? Mas você nem me conhece, como pode odiar alguém sem conhecer?"

- O simples fato de ter matado Diane e de estar atormentando a família de Bennett, me dá exemplos suficientes do seu caráter.

"Bravo Rebeca, até que enfim está demonstrando ousadia, você deveria ser assim mais vezes com o seu Tio Edgar, interpretar a menininha frágil e inocente quando está com ele é simplesmente um papel patético".

- Como conhece meu tio?

"Sua vida passou a ser interessante para mim desde a noite em que Bennett Lockwood deu a marca dele à você, saber quem faz parte do seu círculo social é somente uma das minhas vantagens."

- O que você quer de mim então se já sabe de tudo?

"De você? No momento nada, mas calma querida, você vai ter um papel bem importante para mim mais tarde".

- E que tipo de utilidade eu teria para você?

"Calma Rebeca não quer estragar o final da história antes da hora não é? Que graça haveria se eu simplesmente contasse a você meus planos maquiavélicos antes do que eu preciso que aconteça?

- "Antes do que eu preciso que aconteça?" o que quer dizer com isso?

"Você saberá, está mais perto do que você imagina".

E com isso, ele saiu correndo.

Quando finalmente voltei a respirar, outro lobo apareceu, com a mesma pelagem cinza escura de Bennett, mas com um porte bem menor e olhos do tom mais dourado que já vi.

Ele parou bem na minha frente e se transformou em um menino de 12 anos, com cabelo castanho claro e olhos verdes, muito parecido com Braiden.

- Quem é você?

- Prazer Rebeca, sou o Becker.


Oii pessoal td bem com vcs? Espero que sim, segue então mais um capítulo, até a próxima galerinha, fui!! :33

Marcada pelo loboWhere stories live. Discover now