Marcada pelo lobo

Lidando com a raiva

Arrastei Bennett até o laboratório de biologia, as lembranças do nosso pequeno "encontro" me atingiram com força, o seu olhar penetrante, minha pulsação acelerada e o celular que tocou e me salvou do que sequer poderia ter acontecido, surgiram em minha mente quando entramos na sala.

As únicas fontes de luz do local eram os olhos dele que brilhavam como a mais pura das safiras e da tatuagem que refletia a mesma cor que eles.

- Bennett... – comecei, mas fui interrompida.

- Não diga nada, qualquer coisa que me disser pode acabar com as minhas mãos manchadas com o sangue dele.

Nunca o vi tão irritado, nem mesmo quando o alfa apareceu na nossa frente.

- O jeito como ele mencionou a morte da minha mãe... é como se ele tivesse visto tudo... feito tudo...

- Você não pode achar que o Sr. Channey...

- E por que não? Ele sim tem a aparência e o jeito de um assassino, "já que a sua mãe morreu fatidicamente daquele jeito", ele praticamente se entregou.

- Mas...

- Sem mas Rebeca, ou vai me dar a impressão de que está defendendo ele.

- Jamais vou defender o Sr. Channey, mas o que pretende fazer? Sair dessa sala e matá-lo?

Bennett me olhou como se o que eu tivesse acabado de dizer fosse uma ideia brilhante.

- Talvez.

- Pare com isso, temos que ter provas de que é realmente o Sr. Channey o alfa.

- E o que pretende que façamos? Que perguntemos se ele era casado com a minha mãe e se matou ela depois de descobrir que se casou com meu pai?

- É claro que não, eu só estava pensando... – ele ainda estava com a respiração acelerada – Será que dá pra parar de bufar e pensar com mais clareza?

- Não consigo, acho melhor me deixar um pouco sozinho, não gosto que você me veja nesse estado – ele aponta para a sua expressão.

- Não seja ridículo, eu não tenho medo de você.

Ele começa a se aproximar de mim.

- Pois deveria, porque não sou como os garotos que você está acostumada a encontrar nos corredores, que dirigem carros caros e tem uma vidinha perfeita- ele para por uns segundos – Droga Rebeca, você nem deveria estar metida nisso tudo.

- É, mas eu não tenho culpa de ter sido marcada por você e cair de paraquedas nessa história!

- Eu já disse que não fiz isso de propósito! – ele estava se irritando mais ainda – Olha, não estou bem agora, é melhor você ir, ou... – ele suspira, estava frustrado.

- Ou o quê? – agora eu estava irritada.

- Ou você não vai gostar do que pode acontecer, quando fico com raiva falo coisas que me arrependo depois de ter falado – ele termina.

Uma onda de raiva também me abateu.

Por que ele está sempre tentando me afastar? A não ser...

- Você está escondendo alguma coisa de mim?

- Do que está falando?

- Está sempre tentando me afastar de você, mas por outro lado está sempre atrás de mim, me faz ameaças e depois vem pra cima de mim com simpatias, se me quer longe tudo bem, mas por que me olha de relance, por que me persegue? Ou está escondendo uma coisa de mim ou...

- Não estou escondendo nada de você – ele rebate, mas algo em seu olhar não me convenceu.

Soltei um suspiro de deboche.

- Lembra quando me disse que a mentira não fazia parte da minha personalidade? Pois é, ela também não faz parte da sua.

Ele tentou argumentar, mas não deixei.

- Na verdade, sua maior qualidade Bennett não é ser um lobisomem, é saber me proteger e tenho certeza que é o que está fazendo nesse momento.

Ele arregalou os olhos de uma forma como nunca antes, foi como se ele tivesse visto meu rosto pela primeira vez na vida, mas antes que pudesse dizer algo, saí da sala batendo a porta, a luz azul da marca foi sumindo aos poucos conforme eu me afastava do laboratório.

Olá pessoal, td bem com vcs? Espero que sim, segue então mais um capítulo da nossa história, desculpa a demora, está bem corrido pra mim especialmente pq estou tentando criar um final bem legal para ela ksks, mas não se preocupem vai demorar um pouquinho para que ela acabe, então não fiquem tristes, ainda vai acontecer muita coisa com nossos queridos personagens ksks Até a próxima, fuiii :)