Capítulo 25- A morte

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A morte tem o objetivo da calmaria e do silêncio repleto de um descanso eterno, mas a dor como a sua companhia causa o desespero e o caos interno a quem fica.

Você acha que sou assustadora? Ou que eu trago a única verdade?

Eu não acho, eu sou a única verdade concreta onde tudo o que está construído em virgulas é destinaria de apenas um pequeno ponto, o ponto final.

Causo dor, mas também posso causar uma tristeza onde a camuflagem não existe, é visível sentir a tortura do que eu posso trazer e não são estragos, são aquela única verdade.

Assustador pode ser a chegada para quem não queres ir,

Aliviador para quem o tanto me deseja

E doloroso para quem presencia.

Nos enchermos de perguntas que constantemente mesmo que hoje poderia ter uma resposta satisfatória, futuramente ela poderá não fazer mais algum sentido, mas existe algo além único e verdadeiro como uma condição e não como um convite, eu não te convido a morte, ela não te convida, ela apenas vem e muitas vezes como uma sombra, mas em alguns casos como uma luz.

É irrelevante optar por onde deves ir ou se você deve voltar. O que não é exato, não me pertence.

A dor que causa ao defunto é em questão de segundos,

a dor que causa ao vivo não é controlada e porventura é necessário senti-la com inteligência sem desesperos.

Se viver é uma condição atual sua, perante ao luto se lembre que sempre esteve vivo, antes mesmo daquele individuo e assim terá a consciência de prosseguir.

Não crie ilusões comigo, eu fui.

E por tanto, eu não estou aqui, não se assuste

Quando você achar que eu estou habitando em ti, é você que não me tira de ti.

Por favor, eu não sou nada.

Nada do que possa demonstrar que você fez

O que você podia fazer, até mesmo o que você fez.

E se existe outras possibilidades, se existe outros lugares depois do ponto final, claramente eu não sei.

Mas, sei que eu venho.

Células, tecidos, órgãos,

sistemas e organismo é tudo o que somos.

E do que valem? Se somos uma caveira como uma segunda verdade,

De que iriamos apodrecer e as cinzas é um critério de decisões.

Não deseje a morte ela irá vir quando ela quiser pegar em sua mão sem opiniões e sem críticas, esteja aberto para aceitar que a única verdade concretizada seja a realeza do fim e que as suas outras perguntas não serão totalmente seguras, se as respostas possam haver substituições momentâneas. Quem fica sente, mas que não deve se prender a algo que também irá acontecer com você e isto não é ser empático, insensível ou qualquer nome em que você possa categorizar o seu sentir. Mas, que embora você tenha um período que ele não possa lhe sugar e fazer se esquecer de existir e prosseguir. A dor é um dogma que faz parte da sociedade humana e só estamos distantes dela quando a alegria está potente e as aulas de português demonstram que depois de uma frase é necessário uma virgula sempre em que houver continuação do texto, mas que após uma finalização é necessário um ponto final e com a vida não é diferente.

Não há prontidão

Eu chego quando eu quero.

Quando você não me espera.

Quando você quer em cabíveis escolhas suas.

Há quem faça isso por mim, a violência, o assassinato, as almas compostas de maldade. E reverter tendo uma segunda chance não está neste dicionário.

E se pudesses ter uma segunda chance? Você gostaria de ir, bisbilhotar e voltar? Ou gostaria apenas de estar lá e não voltar mais?

Preto não é somente uma cor

É o sentimento reprimido dentro de nós

É a tristeza em que faz parte de nós.

"Não sabemos ao certo para onde irei, se certamente poderia existir caminhos ou não existir nada. Eu sei, que eu não estou longe eu existi e não serei esquecido e não me preocupo com o bem e com o mal, os dois são uma necessidade divina".

O silêncio da morte é domado por sensações guardadas que nos vão enforcando lentamente, até que clamamos pela a necessidade do dizer para com que as palavras possam causar um certo alívio. 

 

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Abrindo os seus olhos.Where stories live. Discover now