Capítulo 4 | " Ricardoooo!"

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· Melina ·

Acordo sentindo algo molhando passando na minha barriga, me viro na cama resmungando mas alguém me segura, abro os olhos depressa e vejo o Bruno em cima de mim, passando sua língua e depositando beijos pelo meu corpo.

- O que você está fazendo? - falo tentando me soltar de seus braços.

- Não tenho paciência para esperar baby. - o mesmo diz e volta a beijar minha barriga. - Serei o primeiro a abrir essa sua bocetinha.

- Me solta Bruno! - grito empurrando-o mas o mesmo nem se mexe..

- Bruno? - diz com a sobrancelha erguida e um sorriso perverso que eu não achei que o mesmo tivesse. Em um movimento rápido ele me vira na cama fazendo com que eu fique de bunda para cima, ele rasga meu short com uma brutalidade que eu também não esperava. - Hora de aprender boas maneiras lindinha.

- Ricardooooo! - grito o mais alto que consigo, sei que não posso chama-los pelos nomes mais não quero levar outra surra. - Socorro.

- Apelando para o Ricardo? - o mesmo diz e consigo notar a ironia em sua voz. - Se ele aparecer aqui, é provável que vá me ajudar a te bater e não o contrário. - ignoro seu comentário pois sei que o Ricardo é minha única opção, com isso volto a gritar por ele.

- Ricardo me ajuda! - grito mais alto e logo a porta do quarto se abre revelando um Ricardo sonolento.

- Que merda tá acontecendo aqui? - ele pergunta coçando os olhos.

- Ele quer me estuprar! - falo me debatendo. - Me ajuda.

- Enloqueceu Bruno? - como num passo de mágica o sono que tomava seu rosto some e tudo que vejo é raiva, ele vem em nossa direção e puxa o Bruno pela camisa o jogando no chão. - Avisamos a você.

- Eu não consigo esperar! - ele diz enquanto se levanta e eu me encolho na cama puxando o lençol para cobrir meu corpo. - Eu não estou acostumado com isso.

- Foda-se, você assim como todos nós vai guardar a porra do seu pau na calça e deixar a garota em paz. - ele grita. - Caralho! Sai daqui.

- Eu não...

- AGORA! - o Bruno me olha uma última vez, revira os olhos e em seguida sai do quarto fechando a porta com força. - Me desculpe por isso, ele não deveria ter vindo aqui.

- Não se preocupe, você não tem culpa. - digo ainda assustada.

- Não precisa ter medo de mim tá certo? - ele se aproxima e senta na cama colocando sua mão grande em minha perna e alisando-a. - Eu sou um pouco bruto as vezes, mas não vou te fazer mau.

- Você não foi bruto comigo.

- Eu sei, mas não te quero com medo. - dou um sorriso e ele retribue na mesma intensidade. - Só reforçando... não chame mais ninguém aqui pelo nome entendeu? Seremos sempre daddy e você será baby.

- Eu sei, já tinha entendido. - abaixo a cabeça e logo a levanto fazendo cara de inocente. - Foi o desespero, achei que ele ia... ia... abusar de mim.

- Ninguém aqui vai fazer isso baby, agora tome um banho que eu farei o café da manhã que tal?

- Eu vou adorar daddy. - digo animada e pulo em seu colo o abraçando. - Posso colocar qualquer roupa?

- Claro que pode, só não demora ok? - ele diz após da um beijinho na minha testa.

- Ok. - ele sai do quarto e eu vou até o banheiro, tomo um banho não muito longo pois o Ricardo disse que não devo demorar, em seguida volto para o quarto e ainda de toalha começo a procura as roupas.

- Que diabos é isso? - falo assim que vejo as roupas que tem aqui. - Nada serve.

Olho tudo que tem no guarda roupas e nada que tinha ali era do meu tamanho, acho que eles fizeram isso de propósito. Droga! Peguei a roupa com mais pano que achei e me vesti.

- Antes do café ela precisa tomar os remédios. - ouço a voz do Ricardo quando desço as escadas, não me controlo e acabo perguntando.

- Que remédio? - assim que me ouvem os quatro se viram.

- Venha aqui baby. - Ricardo me chama e eu vou até ele em silêncio. - Esse remédio aqui é para te deixar mais calma.

- E não faz mau? - pergunto olhando a pílula branca com vermelha que ele segura. - Minha mãe dizia que o médico deve mandar e só então tomamos.

- Sua mãe não entende dessas coisas. - ele diz e pega um copo de água que estava em cima da mesa. - Toma o remedinho e vamos tomar café.

Como já estou com fome dou de ombros e tomo o remédio que ele me oferece, Ricardo me olha sorrindo e em seguida me coloca sentada na cadeira ao seu lado, assim que me sento começamos a tomar café, estranho a ausência do Evan mas decido não perguntar nada, vi que eles não gostam.

[...]

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