Capítulo 18 | "Alheia"

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Não revisado;

Capítulo 17;

| Pedro |

- E agora? - Ricardo pergunta preocupado, estamos sentados no sofá desde que a Melina e o João partiram.

- Agora nós vamos atrás do Bruno. - Evan diz decidido. - Temos que tirá-lo da prisão, é provável que o tal Samuel não tenha nenhuma prova para mantê-lo preso.

- Sim, eu pesquisei um pouco, a única coisa que ele tem é um vídeo. - aviso. - E pelo que o meu amigo me disse, o vídeo não mostra os nossos rostos com clareza. Então, tudo é apenas uma suspeita.

- Isso é bom, mas mesmo assim eu vou ligar para o Anderson. - Evan se levanta e segue para o escritório.

- Eu vou até a polícia. - encaro Ricardo confuso. - Darei uma queixa contra calúnia.

- Temos que esperar o Anderson. - alerto o mesmo, ele da de ombros e abre a porta para sair.

- Ele falará o mesmo, é melhor que eu vá agora e adiante as coisas. - diz serio, o mesmo sai pela porta mas volta para trás e me encara como se tivesse descoberto algo. - Eu não vou voltar.

- É o que? - pergunto já de pé. - Enlouqueceu, é isso?

- Se estivermos todos juntos, as suspeitas serão maiores. - penso por alguns segundos e logo entro na sua linha de raciocínio, ele tem razão. - Avise ao Evan, vocês também precisam se separar.

- Somos irmãos, nós dois juntos não levantaremos nenhuma suspeita. - afirmo. - Mas mesmo assim eu vou para a casa da minha mãe, assim passo um ar mais familiar, "caseiro". - Ricardo sorri mas logo em seguida concorda.

- Faça isso, nos vemos depois! - diz com um sorriso brincalhão e se vai pela porta.

| Bruno |

- Me tirem dessa merda! - grito e bato nas grades. - Eu sou inocente!

- Cala a boca, cara. - meu "companheiro" de cela diz. - Eles estão pouco se fodendo pra você, e eu quero dormir um pouco, então vê se sossega. - encaro aquele homem deitado no chão como se aquilo fosse um lugar confortável, droga! Porque inferno eu fui aceitar aquele maldito sequestro? Depois de toda essa merda eu nem consegui pôr as mãos na menina.

- Eu conto o que vocês quiserem! - grito numa última tentativa de sair desse lugar imundo, mas ninguém me responde, me dou por vencido e volto a sentar no bendito chão. - Eu tenho que sair daqui. - sussurro baixinho.

- Tem um jeito. - o cara diz agora se sentando no chão. - Mas pra isso, você tem que saber atirar.

- Atirar? É impossível pegar uma arma de um desses polícias. - o cara revira os olhos como se eu tivesse falado alguma porcaria.

- Você é um tapado! - diz irritado. - Eu tenho uma arma. - encaro o homem confuso, o mesmo levanta o colchão e me mostra uma pistola. - vendo? - diz sério. - É com isso que vamos fugir daqui.

- Nem pensar, se matarmos um desses policiais ficamos aqui para o resto de nossas vidas. – aviso, aposto que esse cara bebeu todas antes de ser preso, quem sabe até fumou uma porra.

— Se você não vai, eu também não vou. – diz e volta a se deitar no chão. — Eu que não quero morrer sozinho.

Maluco dos infernos, o infeliz queria que eu tomasse um tiro junto com ele. Lunático, se queria da cabo da própria vida, era só meter uma bala nos próprios miolos.

| Melina |

— É aqui? – pergunto assim que descemos do carro, olho admirada a fachada do prédio, sem dúvidas é um hotel cinco estrelas.

— Sim, mas preciso que faça tudo que eu fizer, ok? – assinto e João pega em minha mão entrelaçando nossos dedos, caminhamos calmamente até a recepção.

— Olá, bom dia. Em que posso ajudar? – a recepcionista pergunta, olho para a mesma e ela apenas encara o João, será que ela não tá me vendo?

— Bom dia, eu reservei uma suíte. – diz educado. — Está no nome de Esteban Tavares. – Esteban? Quem diabos é Esteban?

— Só um minuto. – diz a mulher sorrindo largamente, a mesma leva alguns segundos mechendo no computador e logo se volta para o João. — Sim, senhor Esteban. Sua suíte é a presidencial. – a mulher desvia rapidamente seu olhar para mim, a mesma me mede e em seguida me olha de forma zombateira. — Aqui estão as chaves. – reparo rapidamente na mulher e vejo seus longos cabelos loiros balançarem a medida que gesticula, seus lábios estão pintados com um batom vermelho não vulgar, mas chamativo.

— Obrigado. – ele agradece e me vejo obrigada a fazer o mesmo.

— Obrigada... – olho seu nome no crachá e repito. — Angela. – a mulher ergue sua sobrancelha e sorri de forma debochada.

— Por nada. – a mesma sorri e gesticula com os lábios. — "Divirta seu daddy." – arregalo os olhos e rapidamente me viro e volto a andar, João nos guia para o elevador e só dentro daquela grande caixa de metal consigo respirar.

DaddysWhere stories live. Discover now