Capítulo 7 | "Brigas"

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· Melina ·

Acordo mais chateada do que antes, como o Ricardo teve coragem de falar aquelas coisas de mim? Eu nunca dei motivos para nenhum deles me tratarem daquela forma, e olha que eu não paro de pensar em fugir daqui.

Olho para o lado a procura do Evan mas não o encontro, será que ele já foi trabalhar? Eu não quero ficar sozinha com um deles outra vez.

Vou ao banheiro e tomo um banho que com certeza foi o mais rápido da minha vida, em seguida pego algumas peças de roupa, - que por conta da pressa não me importei se eram as maiores - em seguida saio do quarto praticamente correndo, se exite uma chance do Evan ainda estar em casa eu preciso vê-lo, ao menos pedir para ir com ele.

- Evan! - grito assim que chego no último degrau, o Evan já está com a mão na maçaneta da porta, o que significa que quase não o alcançaria.

- Baby, acordou cedo. - diz se virando para mim e vejo seu olhar passear pelo meu corpo, sem da muita importância caminho em sua direção e envolvo meus braços em sua cintura o abraçando. - O que houve?

- Me deixa ir com você hoje. - peço fazendo beicinho, e logo sussurro a última parte para que apenas ele escute. - Não quero ficar com o Ricardo e Bruno.

- Como posso vê, nomes são um problema para você. - diz me laçando um olhar de repreensão.

- Me desculpe daddy. - peço sem me afastar do mesmo, tenho que fazê-lo me levar, não posso ficar nessa casa com aqueles malucos. - Essa é a forma mais fácil de me referir a vocês, como você vai saber de qual deles eu estou falando?

- Tudo bem, veremos isso mais para frente. - diz enquanto afaga meus cabelos.

- Mas e então, eu posso ir com você? - pergunto esperançosa e ele assente com um sorriso.

- Não vejo mau algum em te levar. - diz sério. - Mas antes te peço uma coisa.

- O que quiser.

- Não tente fugir, gritar ou "pedir ajuda". - diz fazendo aspas com os dedos. - Não queremos problemas, certo?

- Certo, prometo me comportar. - digo e me afasto olhando em seus olhos. - Se preferir, eu só falo com a sua autorização.

- Não será necessário, sem contar que vamos para rua. - diz e solta uma risada contida. - As pessoas desconfiaram se você me pedisse autorização para falar algo.

Depois da nossa breve conversa o Evan foi até a cozinha com o intuito de avisar aos outros que hoje eu iria com ele, pensei que seria rápido mas acabou demorando graças a discussão que pude ouvir perfeitamente da sala.

- Caralho Evan, sabe que não deve levar ela para rua. - grita Ricardo e em seguida ouço o barulho de algo se quebrando, provavelmente eles derrubaram algo de vidro.

- Claro, mas você como sempre fez idiotice e jogou a merda nas minhas mãos. - dessa vez Evan diz parecendo irritado. - Sem contar no Bruno que mau consegue manter o pau nas calças.

- E por acaso você manteve o seu nessa madrugada? - Ricardo.

- O que você fez com ela Evan? - ouço a voz do João.

- Eu não fiz nada, o imbecil aqui decidiu atrapalhar.

Eu realmente queria ficar ali sentada e não deixar que nada do que estava acontecendo lá na cozinha me afetasse, mas é impossível! Tudo isso me lembra alguns dos muitos momentos sombrios que passei com a minha mãe, nós duas brigavamos muito por causa do meu padrasto, já eles brigam por minha causa, nunca pensei que seria culpada por tamanha discórdia.

Com esse sentimento de culpa me levanto do sofá e vou até a cozinha determinada a acabar com toda essa briga, se por minha causa ela começou, por minha causa ela vai acabar.

- Parem com isso. - digo firme assim que ponho os pés na cozinha. - É só a porra de uma saída, eu não vou sair por ai gritando que fui sequestrada por vocês. - os rapazes se entre olham e logo se voltam para mim. - Vocês me conhecem, eu sei que sabem pelo que eu passei mesmo que eu não tenha contado. Acham mesmo que eu fugiria? Que eu iria querer voltar para a mãe a qual sempre me humilhou? - sinto as lágrimas descerem pelo meu rosto mas dessa vez não me importo, preciso colocar tudo para fora. - Pois saibam que eu não quero voltar para aquela casa, eu realmente prefiro ficar com cinco lunáticos do que voltar para as mãos da minha mãe e do meu padastro.

Evan me olha de forma compadecida e se aproxima de mim aos poucos, dou alguns passos para trás mantendo um distância segura de todos eles.

- Eu juro que não quero odiar nenhum de vocês. - digo dando uma pequena fungada. - Então por favor, não me façam mau.

Isso é tudo que digo antes de sair correndo para o meu quarto e me trancar lá chorando.

DaddysOn viuen les histories. Descobreix ara