Capítulo 25;
Evan
- O que devo fazer? - pergunto enquanto ando de um lado para o outro.
Para mim já deu! Não vou mais ficar longe da Melina, sei que fizemos besteira, mas se ela estiver aqui e decidir que quer ficar comigo, é assim que acontecerá. Nem que eu tenha que levá-la de forma clandestina do país.
- Atacar, oras! - diz como se fosse o óbvio. - Eles não recuaram, estão apenas esperando um deslize, uma falha nossa para nos atacarem. Mas se atacarmos primeiro teremos vantagem.
- E o que sugere, Pedro? - digo já nervoso com suas palavras. - E não me peça pra confiar no João pois nem por telegrama consigo contato com o infeliz!
- Primeiro, vamos enviar o Edgar atrás do João e da Melina. - o encaro como curiosidade, agora sim a conversa tomou um rumo abrangente. - Em seguida, vamos contatar o Ricardo, se formos cair, vamos ao chão juntos, assim como chegamos nessa merda. - diz determinado. - E por fim, trazemos o Bruno de volta.
- Nem nos seus sonhos! - esbravejo, o Bruno fez incontáveis bobagens e ainda deu um jeito de nos meter em uma sinuca de bico.
- O Bruno vem pra cá, não queremos um inimigo. Queremos um amigo de volta. - diz determinado.
Encaro meu irmão totalmente incrédulo, em pensar que sempre fui considerado o impulsivo e inconsequente. Ao menos nunca pensei em trazer um inimigo para dentro da minha casa. Pedro como sempre acaba cedendo a guerra de olhares comigo e da de ombros desviando os olhos, meu irmão vira as costas e se dirige ao corredor que leva aos quartos como se desiste de me ajudar a trazer a Melina de volta.
Abro a boca para chamá-lo de volta, mas antes que eu possa dizer algo, alguém bate na porta e interrompe a conversa e a provável briga que teria com o meu irmão. Pedro volta e me olha um pouco alarmado, imagino que esteja com medo de ser polícia finamente querendo nos prende. Sem ter muitas opções abri a porta e lá estava ele com um dos seu maiores sorrisos sínico.
- Que cara de defunto é essa? - pergunta como se realmente estivesse alheio a tudo a nossa volta.
- Cara de defunto é o caralho! - o mesmo revira os olhos e avança para dentro da sala. - Tem notícias do João?
- Depois de uma longa pesquisa... - responde preguiçosamente enquanto se senta no sofá. - Descobri que nem o satã, sabe onde o bastardo se meteu. Mas como eu conheço Deus de perto, ouvi dizer que um policial tomou a Melina dele.
- Santa mãe de Deus. - ouço a voz do Pedro ao fundo, de repente minha cabeça começa a doer e rodar e consigo vê dois Edgar sentado no maldito sofá, tento me segurar em algo e tudo que sai da minha boca é o gosto amargo do veneno.
- Eu vou matar o policial. - é tudo que digo, antes de me equilibrar e subir para os quartos.
Edgar
Eu sabia que todo esse plano imbecil daria errado, estava claro que os amiguinhos da faculdade não conseguiram dividir uma única mulher. Mas o Ricardo e o Evan sempre prontos para contestar e ter razão, ganharam a guerra da racionalidade. Agora aqui estamos.
Um dos patetas preso, outro foragido em um país desconhecido, dois dentro de uma jaula de luxo gigante, e um que simplesmente deu no pé e ninguém faz ideia de onde esteja. Que belo show de teatro esse cinco insanos protagonizaram.
- Ele tá bem? - pergunto a Pedro que me encara e da de ombros.
- A dias que não, mas o que podemos fazer? - diz como se fosse simples. - Não somos a Melina.
- É, nunca imaginei que uma garota me daria tanto trabalho. - percebo ao entender o que ainda terei que fazer até a poeira baixar.
- Quis dizer nos daria.
- Me daria, vocês ficam loucos e sou eu quem tem o trabalho, amigo. - aviso. - Quem você acha que vai tirar o Bruno da prisão? Ou trazer o idiota do João em um vôo clandestino? Pois é, esse cara! - relembro.
- Tá! Mas e agora?
- Agora eu vou pegar um maldito avião para o Brasil, e vou trazer a menina volta pra vocês, urubus.
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Daddys
RomanceMelina é uma jovem que sofre com o egoísmo e a falta de caráter de sua mãe, sem amigos e praticamente sem família, Melina sofre por estar "sozinha", no mundo. Mas isso mudará quando cinco homens tomam a infeliz decisão de sequestrá-la e torná-la sua...