Se7en + 1

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Flashes de câmeras. Viaturas cercando a casa. Oficiais pra lá e pra cá em agitação. Uma mulher de aparência Asiática sentada na calçada tendo água sendo oferecida. Ela está estática. Um homem, também de descendência Japonesa é carregado desacordado pois policiais fortes que dividem o peso entre os braços e ombros do sujeito, que é levado com as pontas dos pés arrastando-se pelo gramado com a cabeça pendendo, mole.

Essa era a visão da residência dos Shoya quando Andrew estacionou. Claro que os vizinhos também não iriam resistir. Mais depressa do que se imaginava, viam-se com os celulares apontados registrando a ocorrência nas calçadas e através das janelas. Os dois incidentes da mesma noite já se espalharam pelas bocas e teclados de Ashville.

Chegando na entrada da casa, foi barrado por uma dupla fardada quando estes bloquearam a porta de braços cruzados, forçando Andrew a levantar o distintivo para que lhe dessem espaço, ainda que emburrados. Adentro, avistou a Xerife Tamra de costas a si, ela acompanhava um perito que fotografava a cena bagunçada na cozinha. Além dela, se via o pequeno corredor com uma garota aparentemente de pé com a cara contra a porta dos fundos. Havia algo no pescoço dela, não sabia dizer exatamente o quê. Mas a julgar pelas manchas de sangue escorridas da parte trás do pescoço até as costas, podia dar um palpite.

- Xerife! -Chamou ele, sendo arrebatado pelo olhar nada impressionado e abalado da mesma.

- Detetive... Cadê sua parceira?

- Cuidando de outra ocorrência.

- Na Rua Lussier, eu sei. Fizeram o favor de compartilhar imagens muito curiosas de uma comoção na frente da casa dos Ripley porque vocês simplesmente não tiveram um pingo de consideração para reportar a mim ou aos meus oficiais. Muito obrigada.

- Eu sinto muito, Xerife, de verdade...

- Se veio despejar sua simpatia em mim, senhor Krempler, é melhor entrar no carro e dar meia volta.

- Não, Senhora.

- Olha pra mim. -O encarou com as mãos na cintura e de queixo erguido. - Olhe bem pra minha cara, senhor Krempler.

Ele ficou quieto, não esboçando reação:

- Por acaso eu pareço asustada? Fale a verdade.

- Com todo respeito, Xerife...

- Eu estou apavorada, Detetive. Minhas crianças estão morrendo enquanto vocês brincam de casinha. O que tem a dizer a respeito disso? Chega mais perto! -Apontou ao corpo da jovem empalada na porta ao fundo. - Essa garota foi agredida, queimada e assassinada sem piedade enquanto os Pais estavam em casa. Você está dentro de casa com seus Pais e ainda sim não está seguro! As pessoas.. -Engoliu o que iria dizer, parecendo segurar um choro ou algo do tipo. - Perdão, eu não quis perder a compostura. Quando assumi o departamento, nunca na minha vida pensei que estaria lidando com um caso de "Ghostface".

- Há provas para suprir que isso foi um ataque do Ghostface? Porque... acabou de ter um ataque na casa dos Ripley e o assassino... Bem, não teria condições de cometer outro assassinato.

- Permita-me, Detetive. -Saiu da frente abrindo espaço apontando para o chão, mostrando ali jazer uma figura de fantasma caída numa poça de sangue, vítima de uma facada no peito.

- Meu Deus.

- Deus não teve nada a ver com isso. Isso é o puro mal. Veja isso. -Agachou-se ao lado do corpo encapuzado, levantando de leve a máscara de fantasma. Ali se mostrou um rosto jovem e feminino, pálido, de olhos abertos e fixos. - Ela deve ter no máximo uns vinte anos.

Scream - Survival 3Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang