Seis anos se passaram e aqui estamos novamente em Ashville. Porque as vezes, é preciso voltar ao início, para chegar no final.
O FBI possui evidências para acreditar que os nossos heróis estão na mira de um novo e astuto assassino, cuja missão é an...
A scooter vermelha de Delivery conduzida por Walter percorreu a Rua Lussier apressada. Estacionou na frente casa de número 17 como assim indicava o endereço. Parando, o adolescente chutou o pedal de apoio para frente e a moto se equilibrou um pouco de lado, mas firme. Desligou o motor e desceu, retirando o capacete o depositando de jeito sobre o guidão. Indo à traseira abrindo a tampa do container de onde retirou duas pizzas.
Mais à frente no mesmo lado da calçada, os Detetives Andrew e Beth assistiram de dentro do carro. O jovem não percebeu a presença deles:
- Olha só, ela pediu pizza. -Comentou Beth.
- É o tal do "Gonzales"?
Beth lhe deu um tapinha agressivo no ombro, irritada.
- O que foi?! -Exclamou Andrew, confuso.
- Nem todo ser humano cuja língua nativa é o Espanhol, se chama "Gonzales" ou "Rodriguez", tá bom?
- Jesus, foi uma brincadeira.
- Que seja. É ele, sim. Molina, Walter Molina.
- Bem que eu queria uma pizza agora.
- Quer já fazer um pedido? -Riu ela.
- Estamos aqui de vigia protegendo essa garota e aposto que ela nem vai oferecer uma fatia pra gente.
- Eu já estou ouvindo suas lombrigas e não tenho pena. -Brincou, remexendo um garfo de plástico no potinho lotado de salada que saboreava.
O rapaz cruzou o jardim da frente com cuidado feito um equilibrista, especialmente ao subir os degraus da varanda. A torre de caixas pressionada contra o queixo. Ajeitou bem as caixas de pizza empilhadas em um dos braços para poder tocar a campainha.
"Ding Dong"
Aguardou arrumando o boné, mesmo que desnecessário. As luzes estavam todas acesas, não tinha como não ter ninguém em casa. Esperou um pouco, escutando passos se aproximarem e olhando para baixo, viu uma sombra ser projetada pelo vão.
- Boa noite, é a pizza.
Por um momento, nada aconteceu. A pessoa do outro lado ainda estava parada. Walter pensou em bater na porta. Se sentiu desconfortável:
- Olha, eu tenho outras entregas para fazer, será que o senhor ou a senhora poderia abrir a porta, por favor?
E nada. Ele bufou olhando para os lados, impaciente. Estariam empatando sua vida logo na última entrega da noite? Fale em cliente Hijo de puta.
Um "Blink!" apitou dentro da jaqueta. Rápido e com uma certa dificuldade, ele buscou o celular remexendo o bolso, tendo de tomar cuidado para não derrubar a entrega. Sendo comum que os clientes mandassem mensagem para os entregadores e até acompanhassem o trajeto da entrega, ele desbloqueou a tela lendo uma mensagem:
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