Darkness Falls

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- Droga, ele não atende! -Praguejou Kirstin no banco do passageiro, quase batendo o celular de Ed contra o porta luvas de raiva.

Edward dirigia rápido, inseguro pela situação passando pelo quieto subúrbio de Ashville. A maioria das casas se apresentavam de luzes acesas, passando para trás em borrões dada a velocidade do carro.

- E o celular dele?

- A mesma coisa, Ed. A ligação não completa!

- Kirstin, põe o cinto que eu vou acelerar.

- Mais?!

E sob o ronco profundo do motor e pedal afundado, o ponteiro do cilindro subiu em números de velocidade, tornando-se um grito grave entre as ruas silenciosas de gramados e cercas brancas.


Casa dos Bowen.

Jesse deu passos para trás, afastando-se da bancada e do telefone fixo tocando, temendo-o.

- Não atendo nem a pau.

- Espera. -Mackenzie tentou por razão no amigo. - Talvez seja melhor atender. Se for o desgraçado, não vamos querer deixar ele puto.

- O que você tá dizendo? Quer que eu bata papo com um maníaco? Eu já ouvi essa história mil vezes. Primero ele telefona, aterroriza você ao máximo e aparece do nada pra te matar. Você parece até que nunca ouviu sobre o que aconteceu aqui antes.

- Eu sei. Conheço a história. Woodsboro, Ashville, os filmes "Stab", no fim dá tudo na mesma. Mas me escuta, o teu primo tá vindo, não é? Atender a ligação pode nos fazer ganhar tempo. Podemos enrolar ele o bastante no telefone até seu primo chegar e com sorte, aqueles agentes do FBI podem vir com ele. É melhor do que ter ele aparecer aqui do nada pra acabar com a gente e a ajuda chegar tarde demais.

- Vocês são loucos! -Exclamou Zack, guardando o celular no bolso e cruzando a sala depressa.

- Tá fazendo o quê?! -Mack tentou segurá-lo pela gola da camisa, em vão, ele foi mais rápido que os dedinhos dela.

- Tô dando o fora daqui. Vocês estão discutindo sobre atender telefone quando na verdade a melhor opção é sair correndo!

- Zack, fica aqui! -Gritou Mary Anne, desligando a tv e virando-se correndo na direção do amigo.

- Deixa ele! -Mackzenzie se pôs na frente. - Se você sair também, serão dois mortos.

- Ninguém vai morrer. -Retrucou Zack, zangado chegando até a porta com ansiedade pelo momento em que não estaria mais nessa situação. O curioso é que ele não simplesmente abriu e saiu. Parou diante dela como que em dúvida, repensando. Todos perceberam a hesitação sem falar nada. Era óbvio que ele não tinha coragem o suficiente de simplesmente dar no pé e largar todo mundo pra trás.

- Pensou duas vezes? -Atiçou Mack, de braços cruzados e cinismo no rosto.

O telefone parou de tocar. Ele os fitou por cima dos ombros por um instante com raiva de pavor, talvez devesse escutá-los. Talvez o medo não o deixaria ficar ali esperando um ataque. De repente, Zack meteu na mão na maçaneta e escancarou a porta com tal ferocidade que os três restantes na sala foram até para trás, agarrados uns nos outros temendo que algo saltasse para dentro da casa.

Nada aconteceu. O garoto encarou o vazio da noite porta afora completamente quieto, estático. Interrogações se fizeram nas carinhas assustadas na sala que não conseguiam ter uma visão do lado de fora. Nem Mary, Mack ou Jesse entenderam a paralisia momentânea do amigo.

Scream - Survival 3Where stories live. Discover now