Herdeira de uma Vingança-Antes da morte

Contra fatos não há argumentos

Estou a mais de cinco horas olhando esses arquivos e não tem nada, tudo o que esse tal de Josh faz ele esconde, e esconde muito bem. Estou começando a duvidar do seu envolvimento na morte de papai, ninguém esconde tudo assim, uma hora ou outra a pessoa acaba vacilando e deixando algo pra trás. Mas ele não, tudo perfeitamente sem rastros.

-Anyelly?-me chama e olho para porta, e lá esta Noah com a cabeça do lado de dentro e o corpo de fora.

-Pode entrar.-digo e ele entra.

-Você disse que queria conversar ontem...

-Assim, pode sentar.-o interrompo e ele se senta, e não esperando menos ele quase deita sobre ela, com as pernas abertas.

-Aconteceu alguma coisa?-ele pergunta e franzo o cenho.-Você está meio aérea, desde que te chamei algumas vezes na porta e você demorou para perceber minha presença.

-Isso...Não tem nada nesses arquivos que provem alguma coisa, nada literalmente nada...-ele franziu o cenho.-Tem os registros de todos os carregamentos de armas e outras coisas e de...-hesito na hora de falar, e ele dá um sorrisinho.-Você sabe..

-Drogas. Continue.-completou indiferente.

-Pra você é tão tranquilo falar isso, que até parece ser normal.-digo baixo.

-Com o tempo você se acostuma.-ele se levanta e fica atrás de mim com a mão na cadeira e olhando o notebook na minha frente.-Procura por Beaures.-me viro pra ele e franzo o cenho.-Procura.-ele diz assentindo e digito e aparece muita coisa, muita coisa mesmo.

Olho para o Noah novamente e ele aponta pra tela do notebook para uma foto na verdade, um homem de 20 anos no máximo, cabelos loiros meio rebelde, com a barba baixa e olhos azuis, eu diria que os olhos azuis é sua marca registrada.

-Joshua?-pergunto para Noah que assente.-Olhos de águia...-lembro de quando as pessoas comentavam sobre o Bratva, e falava sobre o "olhos de águia", o chefe da porra toda, seus olhos trazem uma intensidade que mesmo sendo uma foto, é palpável que ele é intenso.

-Significa que, ele pensa em tudo e não deixa passar nada, por que ele vê tudo. Não é por causa da cor em si, até por que os olhos de uma águia são amarelados meio laranjado.-diz voltando pro seu lugar. Continuo olhando as fotos e paro o olho em uma que me chama atenção, meu pai o Sr. Urrea e mais um que não conheço a foto é antiga mais não muito no máximo uns 14 anos meu pai não usava a barba grande ainda e tinha o rosto mais jovem assim como Marco, mas o outro homem na foto me chama atenção seu rosto é muito familiar. De outras várias fotos uma me chama mais atenção por eu e Noah estar na foto com um casal de crianças loiras dos olhos claros.

-Noah?-ele me olha.-Quem é esse homem nessa foto?-volto para a primeira foto que me chamou atenção, e ele se levanta e vem até mim.

-Isaac Soares, Marco Urrea e Ron Beauchamp.-viro de uma vez pra ele, e os nossos rostos estão bem próximos ele dá um sorrisinho de canto malicioso.

-Não fode... Deixa de ser idiota, algo que acho improvável vindo de você, mas não impossível.-digo me virando de novo.-Quem são essas duas crianças além de nos dois?-pergunto impaciente.

-Joshua e Sina Beauchamp.

-Filhos do Ron?-ele assente.-E a mulher desse tal Ron?

-Morreu no parto da menina.-diz, e começo a ficar irritada ele sabe mais do que fala sobre essa família, e a ligação dela com a nossa, e fica me dando meias respostas.

-Noah, você precisa de ajuda pra falar tudo que sabe?-pergunto debochada me levantando da cadeira e começando a andar pela sala o encarando.

-Se for a sua boca na minha.-diz sugestivo.-Eu posso pensar no seu caso.-diz passando a língua entre os lábios e depois mordendo seu lábio inferior, imagino que numa tentativa de ser sexy o que quase me fez rir, mas me segurei bastante, eu nunca o olharia dessa maneira mesmo sendo idiota fomos criados juntos como irmãos, seria nojento no mínimo.