15 -Dilema moral

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3131 Words

Estávamos morrendo de medo, mas não tínhamos escolha

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Estávamos morrendo de medo, mas não tínhamos escolha.

Naquele momento éramos presas sendo caçadas.

Eles não iriam embora, isso era nítido.

E ninguém iria aparecer para nos ajudar. Por algum motivo nenhuma porcaria de celular funcionava para chamar ajuda e toda policia parecia estar se divertido no festival idiota.

Estávamos sozinhos contra aqueles dois.

― Eles não podem entrar aqui, mas vocês também não poderão sair. O garoto irá guiar o maior atrás de vocês pelo cheiro, então podem fazer uma armadilha e os pegar do outro lado da mansão. Mas o garoto ainda esconde seus poderes, não podem arriscar. Como ele é um Renfield você precisa por esta coleira nele para lacrar seus poderes antes que ele os use e tenha vantagens. Entende?

― Sim. ― Respondo seria, transmitindo todas as dicas aos demais.

Quanto mais demorarmos para pensar, mais tempo eles tinham para armar seu ataque. Não eram simples monstros burros, o garoto parecia ser inteligente e ter planos usando a força e essa invulnerabilidade do maior para executá-los.

Edd fez todos os nós armando uma rede com aquela corta para prender o homem, e All já pegou um taco de basebol não sei onde para bater no garoto que apesar de ser maior que ele era bem menos atlético e assim planejava os separar.

Aquilo era um pesadelo, minha vida tinha virado um tipo de pesadelo diferente do que era antes; o terror e a sensação de impotência pareciam ter virado meus companheiros eternos. Não que a impotência já não fosse, mas ainda tinha um vestígio de esperança de me livrar dela, mas com esse novo amigo fica difícil.

Então saímos e colocamos o plano a prova.

Era vida ou morte mesmo, não tínhamos escolha. Apenas descansamos da corrida e fomos.

Aquele homem enorme parecia teleportar-se como se soubesse todos os melhores caminhos para nos encurralar e matar; como se tivesse o mapa da cidade na palma de sua mão; ou isso era as dicas do menor? Meu coração pediu demissão quando ele arrancou uma placa de trânsito do chão vindo pra cima de nós.

Mas não podíamos nos esconder dentro da mansão para sempre.

Ele esmagou carros com o bloco de concreto que se fixava a haste de metal, e queria nos cortar ao meio usando a placa de "pare" que parecia fazer parte de algum design de game de terror; e o mais incrível era que nenhum vizinho apareceu, nem mesmo com o som dos carros sendo destruídos. O som alto da festa encobria qualquer coisa.

Foi o que imaginei.

Mas não. Térekin nomeou isso de "passiva"; uma habilidade especial que apenas um Renfield de nível especial tem e simplesmente não desliga. Neste caso ele tinha um "ar fantasma", ou seja as coisas eram travadas como se ele fosse um fantasma nos atacando; ninguém poderia nos ouvir não importava o barulho que fizéssemos e formas de chamar por socorro eram desligadas e inutilizadas. Apelo? Também achei!

Térekin - Âmago do Caos-Where stories live. Discover now