Amor

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Caminhando pelo corredor branco da maternidade do hospital, Vegeta bateu em uma porta e recebeu autorização para entrar.

Lá dentro, estava tudo escuro, era apenas iluminado pelos leds roxos e rosas que haviam dentro da banheira de spa cuja Chichi estava.

Ela fazia uma expressão de dor, mas ao mesmo tempo de felicidade. Ela ajeitou o top cinza que estava usando e o doutor Sadala terminou de entrar.

-Como está se sentindo?

-Dor!

-Como está a água?

-Quente. -Ela respirou fundo. -Eu sei que eu deveria saber, mas você pode me dizer o motivo de eu estar aqui?

Ele colocou as toalhas que havia trago consigo na mesa ao lado.

-Para ajudar com sua dilatação.

-Ah, claro.

-Está ansiosa?

-Muito!

Ele assentiu com a cabeça e se sentou perto dela, no chão.

-Vegeta... quem ficará na sala de parto comigo?

-Eu. A Bulma foi na sua casa pegar a mala do bebê e a sua. Está perto de acontecer, Chichi.

-Eu sei, mas é inacreditável que isso tá acontecendo!

Ela passou as mãos delicadas e molhadas pelo seu rosto, enquanto os jatos da água massageavam ela.

-Eu já tinha me acostumado a ideia de que ele não estaria aqui na hora do parto... Mas quando acontece de verdade, não é como eu imaginava. -Ela deixou escapar uma lágrima, mas ao invés de chorar, ela sorriu e estendeu a mão para Vegeta, que segurou a mão dela. -Obrigada por estar comigo!

-Eu sempre estarei, Chi. Sempre!

Ela deu um sorriso amarelo, não conseguindo disfarçar a dor e já respirando com dificuldades e com um pouco de dificuldade para falar.

-Você... pode ver se.... estou... dilatada? -O ar parecia não entrar nos pulmões da morena como deveria e a voz dela já estava falhando.

-O obstetra que deveria fazer isso.

-Por favor!

Ele se levantou e foi até uma pia que tinha ali e higienizou suas mãos adequadamente. Voltou-se para Chichi e ela se ajeitou na banheira numa posição confortável e adequada para Vegeta. Ele mergulhou seu braço na água até sentir Chichi.

Ela gemeu de dor e puxou o ar com mais força, apertando com força a outra mão de Vegeta.

-Acho que tá na hora dele nascer...

Ela abriu um sorriso contente, mas ainda sentindo pontadas de dor. Vegeta levantou-a e a pegou no colo e depois pondo no chão. Ela se enrolou na toalha e foi se secar, enquanto o doutor Sadala havia ido pegar a cadeira de rodas. A doutora vestiu a camisola que estava ali especialmente preparada para ela.
Vegeta voltou com a cadeira de rodas e tratou logo de sentar Chichi ali, e a empurrou para fora daquela sala, levando-a para onde seria o parto dela.

Lá, já havia sua obstetra e duas enfermeiras vestidas com aventais hospitalares, com luvas e máscaras descartáveis e usando toucas também. Vegeta a deixou aos cuidados da doutora e das enfermeiras, enquanto foi se vestir apropriadamente.

As enfermeiras a ajudaram a se levantar e se deitar na maca, sendo conectada aos monitores e a obstetra conferindo sua dilatação.

-Parece que esse pequeno tá ansioso para sair!

Chichi não podia ver, mas tinha a certeza que a médica estava sorrindo para ela. A morena tentou retribuir o sorriso, mas só conseguia sentir muita dor.

Vegeta adentrou na sala rapidamente e se pôs ao lado de Chichi, dando sua mão para ela poder segurar, enquanto tentava dar apoio para a amiga.

-Preparada?

Ela só acenou positivamente com a cabeça.
...
Chichi abriu os olhos lentamente, olhando ao redor e vendo que estava numa sala de tratamento da maternidade. A enfermeira azulada, Bulma, entrou na sala sorrindo!

-O que aconteceu? Onde está meu bebê?

-Fique calma. Você desmaiou depois que Goten nasceu. Acho que você estava muito nervosa.

-Onde ele está?

-Ele...

Nesta hora, Vegeta abriu a porta, enquanto aninhava Goten em seus braços.

Chichi se ajeitou rapidamente na cama e estendeu os braços para pegar ele. Vegeta deu um costumeiro sorriso de canto e o entregou para Chichi.

A mãe finalmente pôde segurar seu filhinho nos braços, não podendo deixar de sorrir e escapar algumas lágrimas. Goten dormia, mas ela continuava o ninando. Talvez fosse seu instinto falando mais alto que o fato.
Mas quem se importava?

Ela até se esqueceu de seus amigos que estavam parados a frente dela. No mundo dela, só havia o pequeno ser em seus braços.

Goten estava usando roupas que Bulma havia dado para ele vestir quando nascesse no hospital, logo ela ligou os pontos e claro que foi azulada que havia o vestido. Ele estava enrolado em uma manta azul, escrita com letras bonitas o nome de seu filho.

Goten!

Ela delicadamente juntou seu nariz com o do neném.

-Meu filho!

Era seu momento de puro amor! Agora, todas as dores, todas as dificuldades, todas as tristezas, toda a roupa suja, eram apenas um nada para ela. O seu futuro estava em seus braços! Goten era o depósito de todo amor dela, de toda a esperança, de toda felicidade. Ele, agora, era seu mundo. Ele era agora sua felicidade, e era seu amor!

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