Capítulo 3

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Talvez tenha sido o almoço mais alegre de toda a vida de Adrien: conversas banais, risadas, enfim, diversão

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Talvez tenha sido o almoço mais alegre de toda a vida de Adrien: conversas banais, risadas, enfim, diversão. O menino estava feliz, até se esquecera que estava num internato, mas não importava, se pudesse ter aqueles amigos já estava satisfeito.

Conversando com os novos colegas, Adrien conheceu um pouco de cada: Nino, filho de um político "exemplar", só pode estudar a música que tanto desejara naquele lugar, para ser vigiado. Apesar de AMAR remixar melodias e criar suas próprias batidas, aprendia o violão como matéria principal, uma forma de camuflagem.

Alya desejava ser jornalista, porém, a mãe a forçou a seguir carreira na música, visando compensar o sonho nunca realizado. Para tanto, a ruiva pegava algumas aulas virtuais relacionadas à reportagem, quem sabe não se tornasse uma grande repórter da música! Seria uma estratégia para não desagradar tanto a mãe.

Por fim, Marinette lhe cativou totalmente. Diferente dos outros, ela estava ali por vontade própria e liberdade dos pais, os padeiros mais famosos de Paris. Almejava ganhar algum prêmio, o mais pequeno que fosse, para poder orgulhar a família que tanto a apoiava. Porém, a azulada se menosprezava demais, não confiava no som que seus dedos produziam nas teclas de piano. Adrien, invejando o gosto da menina com o instrumento, viu-se totalmente preso na causa, determinado a explorar ao máximo o dom que, provavelmente, ela possuía.

— Caso estejamos na mesma classe de piano, podemos treinar juntos! Nunca pude tocar com outro alguém além de minha mãe... — a última palavra saiu fraca, mas Adrien dispensou as lembranças que lhe faziam triste.

Quando Marinette estava a responder, o sinal tocou, indicando o fim do almoço e início das aulas à tarde. E Adrien sequer tinha pegado o cronograma de aula! Já no primeiro dia, se atrasar não daria uma boa primeira impressão aos professores.

— Cara, eu tô correndo pra aula da D. Lúcia, ela não permite atrasos. Desculpa, mano.

— Não tem problema, eu vou dar um jeito.

Nino e Alya se retiraram, a passos rápidos. "Será que namoram?" pensou o menino, alheio o tempo inteiro da relação dos amigos. Despertou com Marinette lhe chamando, dizendo que o levaria à secretaria para pegar o papel das aulas.

Foram em silêncio, seria constrangimento? Adrien nunca ficara a sós com uma garota - mesmo em situações banais como essa — e Marinette estava do lado de um de seus maiores ídolos do piano. Estava tão excitada que nem conseguia fazer todas as perguntas que passavam em sua cabeça, quem sabe durante uma aula com ele...

-- É aqui, senh... Adrien! Quer que eu lhe espere ou...?

-- Se não for lhe atrapalhar, pode me esperar para indicar o caminho de minha sala?

A menina assentiu em concordância, apoiando as costas no corrimão da escada. "Será que ele vai tá na minha turma? Mas só teria uma chance em 50 para cair de dupla com ele. Do que adianta, então?". Sim, Marinette, às vezes, trabalhava com a matemática em situações cotidianas, nada como uma boa nerd.

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