Capítulo 12 - Final

163 18 27
                                    

P

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

P.O.V. - Adrien Agreste.

Sempre achei que uma plateia poderia determinar minha vida e minha habilidade, ignorando a voz fina e estridente que vivia me enchendo o saco dentro da minha cabeça. Não que eu a ignore a todo momento, só não confiava em minha própria capacidade avaliativa, logo, mares de desconhecidos decidiam se eu era ou não bom no que fazia.

Faça isso aqui, toque dessa maneira, não seja tão bruto, não seja molenga! Céus, por que é tão difícil... Sei lá, ser você mesmo? É fato que ninguém se importava comigo ou com o que estava fazendo; as pessoas gostam de criticar independente do que seja: há alguns dia, jantei num restaurante 5 estrelas e presenciei uma "Karen" (a arrogância em pessoa!) maldizer da caprichada comida, dizendo que faria melhor.

Ela estava discutindo com um chef profissional, na casa dos 50 anos, e com uns milênios de experiência. Ainda: a comida estava excelente, a senhorita apenas queria "se mostrar".

A par desse exemplo, voltarei à fracassada narrativa de minha vida. Sim, nasci em um berço de ouro, cujo quilate me machucava muito mais do que imaginara. Não digo para que sintam piedade, longe disso! Isso não passa de um desabafo patético de um adolescente em crise.

Podemos pular a historinha de "mãe morta, pai em descaso, internato" e blá blá blá, né? Vocês estão ligados, afinal, 12 capítulos nisso! Mas enfim, entre tapas e voadoras, cheguei em uma apresentação mesmo após jurar que nunca mais passaria por julgamentos de uma plateia teatral.

"Ah, Adrien, então por que você está fazendo isso?". Achei que era claro o quão gado eu sou; um canalha filha da puta apaixonado por Marinette Dupain-Cheng. Óbvio que eu faria tudo o que ela me pedisse, além de que a ideia de tocar com aquela garota acendeu a paixão pelo piano novamente.

Nossa dedicação era tanta que criei esperança em uma vitória naquele concurso, imagina ver Marinette sorrir tanto de bochechas doerem! Era a minha meta, a razão de me esforçar em fazer aquilo rolar, por mais distintos que fossem nossos dedos ao tocar as teclas de marfim.

Entretanto, mais uma vez, senti a esperança escorrer pelos meus dedos. Fala sério, estamos em 2021 e me arranjam um namoro por acordo comercial? Eles não conhecem cartão de crédito ou sei lá? Nunca quis tanto queimar a Mansão Agreste (de brinde, assava japonesa à molho branco).

É claro que tentei escapar daquela fria, joguei com ameaças e subjuntivos, porém, Gabriel Agreste ainda era o rei das manipulações. Cá estamos, supostamente namorando Kagami Tsurugi e apaixonado por Marinette Dupain-Cheng; eu estou numa fanfic, por acaso?

Talvez as palavras mais afiadas que ouvi, aquelas que me fizeram submeter ao destino, envolveram minha mãe e seu repouso no além. Nunca imaginei que minha pobre Emilie Agreste se envolveria em acordos mesmo após morta! E era um acordo com seu chifre - sejamos sinceros, Agreste adora umas diferenciadas e não se continha nos beijos com a Sra.Tsurugi - o que piorava mais ainda a situação.

Nas Partituras do AmorWhere stories live. Discover now