Capítulo 9

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Era briluz quando Luka Couffaine trombou com uma garotinha azulada e visivelmente emburrada

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Era briluz quando Luka Couffaine trombou com uma garotinha azulada e visivelmente emburrada. Provável que não tinha mais que 6 anos de idade e se destacava com os grandes olhos céu e os pompons tão negros quanto a noite; o garoto jurava que se apaixonara a primeira vista.

Esconde-esconde, amarelinha, pula-cela, pega-pega, damas e xadrez; que infância boa compartilhara com Marinette! Grudados com super bonder, o casal estava unido por um laço aracnídeo de amizade; bem, até a mestiça ser posta num internato logo as 14 anos, declarando a definitiva separação dos amigos.

Luka, a princípio, não lidou muito bem com a ausência de Marinette. Desencadeou um sentimento de rebeldia tão forte que sequer sua irmã gêmea o reconhecia mais; a saudade doía gravemente. Porém, nunca deduziria que seu emocional fragilizado o encaminharia direto ao reencontro da amada: seria o destino conspirando para ficarem juntos?

Não, era mais um castigo daquele mundo cruel. Marinette não era a mesma menininha com quem crescera; o corpo desenvolvido e a postura ereta exalava a maturidade e seriedade adquirida, assim como uma solidão que se apropriou de sua rotina. Mal o reconheceu ao passar pelos corredores, e Luka decidiu se manter assim, afastado daquela que tanto amou.

Bom, até descobrir o plano mirabolante de Kagami e decidir dar um fim naquilo, por mais que não tivesse mais o coração de Marinette - isso se um dia o teve. Era rápido e discreto, a japonesa mal percebeu o celular sendo furtado durante aquele intervalo, o que deu uma boa vantagem de tempo para o menino. Luka utilizou uma básica técnica para descobrir o padrão em ziguezague e desbloquear o celular, entrando rapidamente na galeria.

Lá estava o vídeo que tanto temia, ver Marinette como mulher era... Estranho? Excitante? Curioso? Tudo o que, talvez, não conheceria, afinal, não era seus cabelos negros balançando com o corpo dela. Suspirou, derrotado; só poderia ajudar ao máximo, então deletou quaisquer vestígios daquilo para não haver riscos. Verificou 3 vezes antes de devolver o celular à dona, bem a tempo dela sentir a falta do mesmo.

Claro que aquilo era uma solução temporária, havia câmeras na sala e qualquer um poderia acessá-la. Era hora de voltar a falar com Marinette, alertá-la sobre Kagami e elaborar um plano para excluir imagens da segurança. E se ela se constrangesse com o fato dele saber sobre... Alya! Alya era a melhor opção no momento, a aspirante à jornalista saberia como resolver.

No início do entardecer, Luka aguardou Alya ficar sozinha - o que foi difícil, aquele garoto de óculos não largava do pé dela - para revelar suas descobertas. Sequer sabia se ela se lembrava dele, mas precisava ajudar Marinette. Assim que pode, abordou a morena discretamente:

- Falaí, jornal. Como cê tá? Tem um tempinho? - a discrição de Luka poderia ser contraditória, tanto que Alya pulou de susto e derrubou sua garrafa de água no chão - Mal aí, não queria te assustar.

- Continua como um megafone, Luka? Parece que a única coisa que mudou foi ter esquecido de Marinette.

O moreno soltou um riso debochado, murmurando algumas palavras indecifráveis - É impossível esquecer de Marinette, Alya, principalmente para mim.

Nas Partituras do AmorWhere stories live. Discover now