Adrien Agreste, um pianista prodígio. Desde criança, impulsionado pela mãe, a famosa musicista parisiense Emilie Agreste, o garoto deu a alma à música, em treinos extensos e muita dedicação. Sendo o vencedor mais jovem do prêmio "Gramophone", Adrien...
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Duas semanas podem ser demoradas ou apressadas, tudo depende do compromisso que você tem para estar contando os dias passarem.
A rotina de Adrien fora tediosa nesse período: aulas até 15:30, treinos até tarde da noite, vergonha alheia 24 horas por dia, enfim, um caos monótono. O loiro estava se dedicando arduamente para o concurso, visto que estaria concorrendo junto com Marinette.
E esse era seu maior obstáculo: a mestiça que roubou seu coração.
A verdade é que nem ele sabia o que estava havendo, nunca sentira aquele frio na barriga, aqueles sorrisos bobos, aqueles tropeções frente a menina. Adrien se sentia feliz perto dela, sentia vontade de a tomar nos braços e prometer juras de...amor?!
Não, não poderia ser isso. Marinette era só uma boa amiga que, no acaso do destino, roubou seu primeiro beijo. Nada além disso.
Céus, esse menino pode ser irritante demais... Pulemos para a vista da mestiça.
Bom, talvez a única diferença entre as realidades era a aceitação do crush; Marinette estava ciente que gostava de Adrien, e já aceitara a distância entre eles. Por isso, focou-se totalmente em vencer o concurso.
Era uma tarde chuvosa em Paris, os trovões retumbavam pelo céu focados em tirar toda a concentração da azulada. Aquela partitura nunca sairia! Marinette, que decidira compor uma música totalmente inovadora para concorrer, estagnou na primeira linha do caderno, lançando praga em todos que a atrapalhavam.
Não teria opção, partiria para o plano M. Ora, por que não plano B? Bem, o M representa morte.
Marinette decidiu tocar La Campanella, do brilhante Liszt, uma das peças mais complexas do piano. Quando propôs a Adrien, o loiro quase pensou em saltar num vulcão no Havaí, porém, foi convencido pelos olhos brilhantes de gatinho da amiga.
Na opinião dessa pobre autora, um verdadeiro gado. Sem julgamentos!
Tudo parecia belo e pomposo, até o casal decidir treinar pela primeira vez aquela música — detalhe: ainda naquela tarde estressante!! Eis que se segue a primeira grande briga entre Adrien e Marinette: a harmonia de dueto.
Enquanto Adrien era bruto ao expressar seus sentimentos por meio do marfim frio, Marinette percorria a música como uma pluma. Isso acarreta um descompasso no ritmo da partitura, tornando-se desarmônica e feia.
No primeiro deslize, a garota respirou fundo, propondo educadamente uma outra abordagem que combinasse com ambos. No quinto deslize, só faltou Marinette jogar a banqueta na cabeleira loira alheia.
— Puta merda, Adrien Agreste! Você tá tocando piano ou fazendo massa de pão? Precisa socar dessa maneira?!
— Não tenho culpa se você sequer toca a porra da tecla! Parece que tem medo de quebrar ou sei lá!
