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  Meu corpo todo tremia, eu estava desesperada, suando frio, não consegui durmi nem 4 horas, juntei as forças que consegui e caminhei até o banheiro, uma queda de pressão a essa altura do campeonato?

me sentei na tapa da privada, respirei fundo, até quase cair, e ver que o chão era a melhor opção pra ficar, eu me deitei ali, não seu quanto tempo, se foi horas, cheguei a tirar um cochilo, quando o sol me encontrou, eu tive forças pra me levantar. Era bastante cedo, e meu rosto não tinha nenhuma cor.

dona Silvana me visse assim, iria me repreender até se cansar, ela passou a semana me mandando se alimentar direito, durmi, ou ficar quieta nas meia hora livre.

JÁ sábado, e eu estava quase morrendo no banheiro, por imprudência, eu ouvi a porta da sala ser aberta, caminhei até proximo com o resto de forças, torcendo pra ser alguém que tenha acordado, pra me socorrer.

mas era o Lennon que tinha chegado de um show, fingi estar tudo bem e passei pela sala indo até a cozinha em puro desespero, torcendo pra ele me levar pra um hospital.

- bom dia - ele disse largando a mochila no chão.

- bom dia. - fui curta e quase saiu em um sussurro. ele se aproximou rápido e me girou, se ele não tivesse me segurando com certeza eu tinha ido ao chão, não sei onde eu estava com a cabeça deveria te voltado pro quarto e me jogado embaixo dos lençóis.

- ei, ei, ei, - ele falou segurando meu rosto, tentei falar, mas não conseguia, me bateu vontade de vomitar, mas sl tinha dor, não senti fome, então não tinha comido ontem, cheguei pensado que iria durmi e descansar apenas.

ele tinha me levado de volta para o banheiro, me sentei, mas tudo o que saia era a dor e o espasmo. Ele segurava meu cabelo, e meu rosto, para que eu não enfiasse ele privada a dentro, os minutos pareciam uma eternidade, a dor na barriga era eterna.

Até eu conseguir falar alguma coisa.

- me desculpa.

lennon me encarava de braços cruzados enquanto eu comia e bebia o suco, era constrangedor, ele mantida o rosto sério e o maxilar trancado.

terminei de comer mas sentia fome ainda, ele foi e me serviu mais, da macarroda que ele havia feito muito rápido.

- quando tu comeu? - eu ia falar que ontem, porque eu havia comido um salgadinho no ônibus - que tu comeu de verdade. aliás tu durmiu?

confirmei com a cabeça, não pretendia ouvir o sermão dele, não queria dar trabalho as pessoas que me receberam tão bem.

- foi uma queda de pressão - ele me lança um olhar de pai, cuidando do filho.

- saúde é algo sério. espero não te encontrar morrendo aqui de novo. agora você precisa durmi, vai na varanda, tem uma rede, aproveita e pega um sol.

segui o Conselho, estava dormindo calma e tranqüila na rede, até ser acordada por Lucas me mandando ir pro quarto porque o sol estava bem mais forte, eu ia continuar acordada, mas a maneira como maria e lucas me empurraram pro quarto, deduzi que o Lennon havia me dedurado.

- durma, quando acorda a gente vai tá aqui - Maria me enrolou enquanto Lucas ligava o ar, os dois saíram e fecharam a porta, só me virei e durmi.

Acordei desorientada, já estava escuro, fui no banheiro e levei o rosto, me sentia outra pessoa.

o cheiro do jantar estava maravilhoso,  meu salvador como sempre, não estava em casa, ao todo durmi 7 horas. em contar com o sono da rede, e as 3 horas pela madrugada.

Jantei em meio ao constrangimento, não me deixaram fazer nada.

- gente eu tô bem. - falei tentando me convencer, mais do que eu queria convencer eles, eu me sentia descansada mas meu rosto continuava pálido.

- Fernanda - o marido dela suspirou, eu sabia que dar trabalho não estava no acordo, por descuido meu, comigo mesma - você está puro estresse acumulado, você não vê mas seus cabelos ficam pela casa a cada passo, você precisa ir no médico, você precisa se cuidar.

Ele me reprendia como um pai, e eu só abaixei a cabeça, eu sabia que ele estava certo, eu levava minha saúde nem um pouco a sério.

- falei com uma amiga enfermeira ela marcou pra você, segunda, mas se é estresse você precisa de um recesso, você não deixou de ir na faculdade nem no dia da morte dos seus pais - dona Silvana fala.

- a vida não pode parar, eles não iam me querer chorando pelos cantos - falei cruzando os braços, estamos os três em pé na cozinha.

- você precisa respirar Fernanda! dorme tarde acorda cedo, come pouco trabalha muito, você não está se cuidando, está se matando! - as palavras dele doaram, não pela dureza, mas porque eu estava lembrando minha mãe, e meu descuido ao não perceber os sinais renderam a vida dela.

- tudo bem... vocês estão certos. - é tudo o que falo, dona Silvana começa a falar sobre o recesso na faculdade já que minha notas estão ótimas, e umas férias semanais já que nunca tirei, um dia de folga por opção própria. Tenho medo de ficar parada e pensar demais.

quase uma semana - L7NNONWhere stories live. Discover now