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rápido,  era por volta das 8:30, ela não estava em casa, já tinha ido trabalhar a muito tempo. Tomei café e marquei com meus amigos de ir almoçar na barra. Passei e fui buscar eles, assim que entrei na área externa do restaurante, como se fosse uma varanda, avistei ela, estava atenta a alguns papéis enquanto bebia um copo com água.

Não demorou a chegar alguns homens engravatados, e ela ficar em pé pra cumprimentar com um aperto de mãos, vê ela tão formal, era até engraçado, ela estava na minha cozinha passando um café usando um baby dool azul, e agora estava ali, com uma espécie de saia preta colada e um blazer, sem contar no salto, os cabelos  castanhos presos em um coque, e seu óculos de grau no rosto.

Todos os coroas não tiravam os olhos dela, falava tão firme, não estava escutando mas ela tinha uma postura tão firme, até a maneira que ajeitava o óculos.

Não prestava atenção em nada que o Negrete falava, vez ou outra olhava pra eles. depois de entregar alguns papéis eles assinaram. nosso almoço havia chegado, ela tava quase terminando o dela.

Me desliguei dela por um estante.

- aquela mina pow, não é l7? - confirmei, não sabia do que se tratava - eu te disse, linda pra caralho, os pais dela morreram de que?

Olhei pra Fernanda que estava em pé, frente a um velho barrigudo, ela recusava firme, mas ele tinha um sorriso no rosto, tentando tocar no braço dela e ela se saindo.

- volto já! - me levantei, ajeitei o boné -  Fernanda, tava te esperando - o velho me olhou de cima a baixo.

- caso mude de ideia - ele puxou um cartão e entregou a ela - pode me ligar, garanto que não vai ser arrepender - sorria pra ela, fechou a cara ao me olhar de novo.

Ela pegou o cartão olhou um pouco e o almoçou.

- não sou uma mercadoria senhor, já lhe disse, tão pouco volto atrás na minha palavra - colocou o papel amassado no bolso dele - não é não, e quando uma mulher diz isso o senhor respeita.

Encarei ele sério, ela não precisava nem de longe de ajuda, mesmo assim quis vim.

- podemos ir L? - ela me encarou e eu confirmei.

- vou só avisar os manos ali - enquanto caminhávamos até próximo a mesa em que eu estava, ela parou me esperou e eu segui.

- pow, um pequeno contra tempo - tirei um dinheiro e deixei na mesa - vou pra casa mais cedo, colo la no papato mais tarde - dei um toque e sai ouvindo as piadas.

...

no carro ela mexia no celular o tempo todo, a presença dela não se percebia, nem a respiração, me admirava a força dela, após perde os pais, estar tão firme, não vi ela em nenhum momento chorando, embora tenha deixado a própria sau de física de lado, mentalmente ela é exemplo de força.

...

tava morrendo de fome, não tinha comido quase nada, Fernanda estava sentada na ilha mexendo no notebook.

- nós abandonaram - viro pra ela, ela me entende o celular.

dona Silvana ❤

meu bem a gente foi em um chá de fraldas.
vamos chegar de tarde.

me
ok❤

- tô morrendo de fome pow - entreguei o celular - não deixaram nada?

- acho que não, mas a gente faz rápido. - ela levanta e começa a mexer nos armários.
Me sentei no lugar que ela tava, fiquei uns minutos mexendo no celular e fala.

- corta a carne em tirinhas vai, lave a mão. - fiz como ela ensinou, comemos em silêncio na ilha mesmo, uma macarronada maravilhosa.

A tarde inteira a gente ficou de preguiça na sala, a companhia dela era agradável, embora só falava quando eu puxava assunto.

Fernanda se esticou de barriga pra baixo no tapete, enquanto eu estava no sofá, procurando alguma coisa pra assistir, ela lia um livro, dei um pequeno chute nas pernas dela.

- e o lanche? - ela se sentou sobre as pernas, tava com um pijama, tinha tomado um banho a um tempinho então os cabelos ainda estavam molhados.

- misericórdia lennon! que fome é essa?! - ela fechou o livro colocou na estante e pegou o celular.

me deixou nervoso embora não aparentasse maldade, ela se ajoelhou na minha frente apoiou os cotovelos nas minhas coxas, enquanto procurava um cardápio.

- doce ou salgado? - olhava sério pra ela, procurando maldade mínima no olhar - lennon?!

- açaí, batata frita também e coca - falei apenas.

ela virou as costas e sentou no chão só  que apoiada entre minha pernas, me entregou o celular e pegou o controle, anotei o que queria e devolvi pra ela.

- você sabe fazer trança? - ela virou a cabeça pra trás e me olhou de cabeça pra baixo.

- sei, quer? - ela confirmou e se afastou um pouco pra frente, ela tinha cabelos longos e ondulados, era um castanho escuro, não aparentava ter sido pintado na vida.

a trança ficou meio feia, mas ela não se importou, ficamos discutindo qual seria o filme, já que o lanche ia demorar um pouco.

- pode ser terror? - neguei, não gosto, acho ruim - ação?

- pode ser algum lançamento, gosto de filme novos - ela procurou mas não achamos nenhum bom.

- podemos ver um documentário! - melhor que nada, ela colocou algum sobre o mar, tava mexendo no celular, não percebi quando Fernanda sai pra pegar o lanche.

Era interessante o documentário, seria melhor se eu não tivesse vendo sozinho.

- aí! - puxei a transsa dela - que foi?

- durma não! colocou agora assista - falei rindo.

- tô com sono... - ela deitou no sofá e colocou a cabeça no meu colo - deixa eu durmi vai... - falou manhosa

- se eu deixar vou ficar só, se for assim eu vou sair, e vc dorme - ela passa as mãos na minha cintura.

- não, vou ficar acordada - não sabia esse lado não manhoso e carente dela, pra alguém tal forte e segura das coisas.

- hum - respondo, em seguida faço um carinho nos cabelos dela, enquanto brinco com a transsa.

- você tem um cheiro bom... - olho pra baixo e encontro ela cheirando minha barriga.

- o pai tem que tá cheiroso né - ela ri e vira pra assistir

quase uma semana - L7NNONHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin