11

1.8K 124 1
                                    

Fernanda

- boa noite família! - ele passou pela porta com as malas.

- lennin! - Lucas correu até ele e pulou no irmão.

- iae garotão! - os dois ficaram abraçados e depois lennon cumprimentou todo mundo.

na minha ver ficamos em pé um na frente do outro.

- oi... - falei baixinho.

- oi? - ele riu - vem cá ue - me puxou pra um abraço e enfiou a cabeça no meu pescoço, um jesto que fez todo mundo nos encarar boquiabertos.

- Fernanda? - dona Silvana, assim que Lennon me soltou, ela tinha um sorriso de Maria fifi no rosto.

...

- o que foi aquele abraço em? - ela cochichou enquanto ela lavava a louça e eu guardava.

- ainda não sei... mas não crie tanta expectativa, até porque o cultura é sempre incerto - falei guardando os pratos.

lennon surgiu na cozinha o corpo estava um pouco molhado e ele estava sem camisa, deu um beijo no rosto da mãe e um tô topo da minha cabeça.

dona Marlene abriu a boca e sorriu, eu escolhi os ombros enquanto ele foi beber água e ficou em pé mexendo um pouco no celular.

- obrigada pela ajuda nanda - coloquei o pano de prato no lugar.

- que isso, moro aqui, por enquanto - falei recebendo atenção do lennon.

- liberada? - ele perguntou a mãe, ela confirmou - ótimo, agora minha vez de ter atenção - ele veio até mim e segurou minha mãe - devolvo amanhã.

Ele me puxou até seu quarto, fechou a porta, e sem nem esperar tacou um beijo em mim, me deixando surpresa, a família dele estava ali, não éramos namorados nem nada.

- saudade desse beijo... - ele sussurrou junto aos nossos lábios.

- pode me explicar... o que você está fazendo... - falei colocando minhas mãos na cintura dele.

- bom... - ele começou a brincar com meu cabelo - eu gosto de você... não quero te esconder das pessoas... e não gosto de mentir pra minha família.

- você não acha que está muito recente? - falei olhando nos olhos dele - não sei namorar, não sirvo pra isso.

- a gente vai vendo, não vou forçar você a nada é claro, podemos ser o que você quiser.

abracei ele, o fora não conseguia dar, não podia dizer não, estava presa.

...

- deixa que eu lavo pow - falei e ele me encarou.

- pow? giria? - dei risada e um tapinha no peito dele.

- qual é? é tudo questão de intimidade - dei risada e ele continuou lavando a louça - vou precisar te abandonar também.

ele largou o prato que lavava

- qual é? e o filme? - dei risada.

- vou resolver um negócio, e sair com uma amiga, de lá vou pra faculdade chego lá pras 22:00, beleza?

- beleza cara, deixa, vou assistir o  filme só mesmo, tranqüilo.

sai dando risada, me arrumei e pus outra roupa na bolsa, passei pela sala ele estava mexendo no celular.

- sobrevive! - gritei antes de passar pela porta.

andei até a avenida e peguei o ônibus até um hospital particular, dei meu nome na recepção me entregaram um crachá e entrei, já sabia o caminho, ao entrar no quarto a enfermeira de sempre dava os medicamentos e o lanche da tarde.

dei duas batidas na porta, ao receber atenção entrei.

- boa tarde! - o senhor que tinha antes cabelos cinzas, agora careca me olhou e sorriu.

- Fernanda! - sentei na cadeira ao lado da cama e o abracei.

- como o senhor está? - Henrique me contou tudo o que vinha se passando, Sandra havia falado tudo o que o filho andava aprontando, Felipe foi afastado do cargo, Douglas, outro colega nosso ficou no lugar.

- me responde uma coisa... e a Luiza? - Luiza a neta que ele não sabia ter até um tempo atrás, filha da minha melhor amiga Vitória, Luiza tem 5 anos, trouxe ela escondida da mãe algumas vezes, Vitória odiava o pai, Vitória é filha de um caso que Henrique teve a muitos anos, embora Vitória seja mais velha, é extremamente imatura.

- bom, ela tem ido bem na escola, vou buscar ela daqui a pouco, mas não tive desculpa pra trazer ela, a mãe anda meio desconfiada então vou apenas tomar um açaí com ela. Luiza sempre que me liga pergunta pelo senhor.

- Fernanda... quero te fazer uma proposta... - encarei seria ele. proposta?

- pode falar senhor. - tomei uma postura firme e me ajeitei na cadeira.

- a probabilidade de eu sobreviver a esse câncer é mínima, eu não quero o Felipe na frente de nada que me pertence. eu cogitei te propor um casamento comigo... - fiquei ainda mais seria - tenho absoluta certeza que você iria se demitir na hora - ele deu uma risada - quero registrar a Vitória como minha filha e herdeira principal, conto com você pra convencer ela, e organizar a papelada, falei com António um amigo que vai vim de São Paulo, um bom advogado, ele irá assumir o processo e enfrentar o Felipe, espero morrer depois de você fazer a prova da OAB, assim você iria seguir com ele.

- prossiga - fiz um gesto com as mãos e cruzei os braços.

- caso isso não de certo, você vai ser minha herdeira... - ergui uma sobrancelha - quero lhe registra como minha filha, sei que você vai cuidar delas...

suspirei fundo.

- sua filha não posso... não quero tirar o sobre nome do meu pai, muito menos casar com o senhor, não me leve a mal - tomei uma postura mais relaxada - vou convencer ela, lhe dou minha palavra, Luiza terá uma boa vida, isso eu lhe garanto, e se eu puder assumir esse processo, tenha certeza que eu vou fazer de tudo, o possível e o impossível - segurei a mão dele - ela vai ter uma boa vida.

quase uma semana - L7NNONWhere stories live. Discover now