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Fernanda

já tinha mais de três semanas do Lennon fora, eu estava concentrada no encerramento do meu tcc e estudando para as provas finais, eu estava na casa do Daniel, para um fim de semana mais relaxado, pelo menos é o que eu tinha em mente, porque eles estavam bebendo e gritando lá na sala, enquanto eu estava na varanda em ligação com o lennon.

- previsão pra voltar? - perguntei me ajeitando no sofá da varanda.

- fazendo show praticamente todo dia, está tudo organizado pra em uma semana eu estar de volta  - soltei um suspiro - a gente se resolve.

- se resolve? - perguntei sem entender.

- se a gente junto ou não, até porque não sei o que a gente tem - ele falou se levantando do lugar onde estava.

- preciso ir cheirosa, beijo.

- outro.

...

- tava pensando aqui... a gente podia jogar dominó - Daniel falou um pouco alterado.

- já chega - Felipe pegou a taça da mão dele - hora de dormi, tá falando muito merda já - a amizade desses dois era a coisa mais linda, não tinha maldade, e não ligavam para o que falavam.

Felipe empurrou Daniel até o quarto me deixando a sós com o Ciro.

- vocês estão sérios? - ele falou deitando no meu colo.

- meio que sim, meio que não - falei brincando com um dos dredes - a família dele nem suspeita, nos beijamos 2 vezes e só.

- você gosta dele? - eu encarava a parede.

- imaginei, você não gosta de ninguém... - dei um tapa nele - eu estou sendo sincero, lembra do Wesley?

- por não amar um cara, não quer dizer que eu seja incapaz de amar - me defendi, gostava do Wesley, ele era louco por mim, mas... eu não era louca por ele.

- Diogo, Henrique - ele me encarava - resumindo, não é só um, foram todos, não me usou também, pela amizade, você gosta do desafio, da adrenalina, quando tem, o encanto se vai.

o tapa foi bem dado, merecia, doeu mas ele não mentiu, o aperto no coração foi imediato.

- você só me tem por perto, pelas verdades que eu sou o único que te fala na cara - vi ele se levantar e antes de sair, me deixar outro tapa - pessoas não são objetos Maria Fernanda.

fiquei com a maior cara de paisagem, já passava da meia noite, vi Ciro entrar no quarto e fechar a porta, enquanto eu me mantia no mesmo lugar do sofá.

até meu celular vibrar.

- oi... - falei um pouco murcha.

- te acordei? - o som alto no fundo indicava que ele não estava no hotel.

- não, não me acordou, estou aqui, só de boa...

- tava pensando em você, é até engraçado, mas queria te vê sabe...

"pessoas não são objetos Maria Fernanda"

- bom, aguarde alguns dias... aí agente resolve, e deixamos tudo em pratos limpos - falei rindo pra não soar tão sério, mas já tinha decidido uma coisa.

distância

quase uma semana - L7NNONWhere stories live. Discover now