Capítulo 1

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Celine

Hoje é dia 19 de março e consequentemente dia dos pais na Itália eu odeio esse dia pois todos ficam me olhando como se eu fosse uma pobre coitada que sofre todos os dias pela falta de um pai, o que não é verdade porque eu realmente não me importo,eu nem sei o que aconteceu com o meu pai a única coisa que sei é que ele não quis saber da filha.
Quando eu era menor eu sempre perguntava para minha mãe o motivo de eu não ter um pai e onde ele estava mas toda vez que tocava no assunto ela se alterava e dizia que ele não se importava comigo e então eu cresci e esse assunto morreu e eu nem sequer sei seu nome.

- Celine desça agora se não quiser chegar atrasada na escola.- a voz da minha doce mãe chega aos meus ouvidos.
Nós não nos damos bem acho que sou um fardo para ela mas não me importo logo logo farei dezoito e ela nunca mais vai precisar me ver.

Desço as escadas e vou tomar café,são sete da manhã e minha mãe já está bebendo e fumando nada fora do normal.
Assim que acabo de comer subo novamente
coloco o uniforme,escovo os dentes e prendo o cabelo em um rabo comum.
Pego minha mochila e desço, não me despeço da minha mãe pois evito ao máximo falar com ela.
Tento sair despercebida não quero que ela comece a falar na minha cabeça mas não dá muito certo.

- Celine quando voltar não estarei aqui vou sair com algumas amigas mas quero que limpe toda essa sujeira,essa casa está um caos.- reviro os olhos e apenas faço que sim e saio pela porta.

Como sempre eu vou ter que limpar a bagunça de bituca de cigarro e garrafas de cerveja ou seja a bagunça dela,mas não vou ter que aguentar isso por muito mais tempo estou contando os segundos para meu aniversário, infelizmente tenho seis longos meses até poder sair daqui.

Quando chego na escola é sempre a mesma coisa passo o dia inteiro com Henry e Emilly eles são as únicas pessoas com quem eu realmente me importo.
Eu conheço Emily desde os meus nove anos de idade ela não mora muito longe da minha casa,para falar a verdade as vezes nem parece que ela tem uma casa porque ela vive em boates e cada dia está com um homem diferente,mas apesar de tudo ela sempre esteve comigo quando realmente precisei,eu devo muito a ela.
Já Henry eu conheço a mais ou menos um ano ele é uma pessoa muito boa mas se acha muito e já transou com metade da escola incluindo Emily.

Entro na sala e me sento no fundo ao lado de Emily e Henry.

- Olha ela aí, você sumiu não mandou mensagem achei que tinha batido as botas.- digo a Emily e ela sorri maliciosa.

- Estive ocupada.- Diz sorrindo.

- Posso saber o que andou fazendo? Porque passei na sua casa ontem e não estava.- Já sabia que ela provavelmente estava transando com algum cara mas gosto de provoca-la.

- Quer mesmo saber o que eu fiz ontem?Ok!
Primeiro eu fui em uma boate depois um cara pagou minha bebida e fui para cama com ele? Quer saber como foi também? Ele me levou pra casa dele e depois começamos a nos beijar até que ele começou a tirar minhas...- não deixei ela terminar de falar.

- Tá, tá bom chega não preciso dos detalhes já entendi.- ela solta uma risada debochada e olha para Henry que está com a cabeça abaixada em sua carteira.

- E você por qual motivo está quieto hoje.- Ela pergunta e ele levanta a cabeça.

- Shiu! Vocês poderiam falar baixo minha cabeça vai explodir.- diz e volta a abaixar a cabeça.

- Pelo jeito vocês dois não param em casa só sabem transar e beber.- Henry levanta a cabeça e Emily se vira pra mim.

- Isso tudo é inveja Line? Não temos culpa se você é uma santa que não sai de casa e espera que um príncipe encantado chegue e tire sua virgindade, desculpa te chocar mas isso não vai acontecer.- Eu amo a Emily mas às vezes sua sinceridade me irrita.
Ouço Henry dá uma risada debochada.

Não consigo responder Emily pois o professor chega e volto minha atenção na aula.
Depois da aula eu Emily e Henry vamos embora juntos.

- Line me desculpa pelo o que disse na sala.- fiz que sim com a cabeça indicando que estava tudo bem.- O que acha de sairmos hoje hein?
- Não sei se vai dar eu tenho aula de ginástica hoje e tenho que arrumar minha casa.- quando falo Emily revira os olhos.
- Vai Line não seja tão chata, você vai gostar e além do mais a gente só vai a noite ou seja sem desculpas para não ir.- Ela me olhou com espectativa.

- tá tá, tudo bem eu vou,mas onde vamos?- assim que pergunto ela sorri.

- Em uma boate, mas não vou te contar em qual ainda pois se eu contar você não vai querer ir,só confia em mim.- Ela bate palma animada, é disso que tenho medo confiar na Emily, mas acho que ela está certa um pouco de diversão não mata ninguém não é?o que de tão ruim pode acontecer se eu sair um pouco.

- Você vai né Henry?- olho pra ele que está sorrindo para o celular.

- É claro que ele vai.- Emily responde por ele.

- Por acaso você acha que eu recusaria uma festa? Jamais amore mio.- Ele diz eu dou uma risada.

Chego em casa e vou trocar de roupa para limpar essa bagunça antes do horário da minha ginástica.

(...)

Miguel

- Eu não tenho permissão para fazer isso e nem quero,se meu pai descobrir você é um homem morto.- digo.

- Não exagere garoto são só duas cargas seu pai nem notará.- Eu não acredito que ele está dizendo isso pra mim.

- Enrico você sabe que não deveria estar falando sobre suas intenções de desviar cargas para o filho do chefe não sabe?

- Somos amigos desde sempre você não contaria a seu pai,contaria? São só duas cargas e além do mais ele nem é seu pai biológico.- eu não acredito que estou ouvindo isso.

- Tem razão não contaria.- Minto

- Eu sabia que não iria me decepcionar fique tranquilo uma parte do lucro é sua e seu pai nunca ficará sabendo que me ajudou, agora tenho que desligar até mais.

Desligo o telefone.
Enrico está pensando em desviar carga e por mais que ele seja meu amigo ainda tenho planos de virar o Capo assim que meu pai sair da presidência e caso eu ajude Enrico meu pai perderá a confiança em mim, não tenho outra escolha.

Pego carro e dirijo até a cobertura do meu pai assim que passo pela segurança vou até seu escritório e bato na porta.

- Entre.- sua voz soa do outro lado.
Quando entro ele está sentado,quando olha para mim faz menção para eu me sentar e assim o faço.
- O que te traz aqui Miguel?- diz.
agora que estou aqui me pergunto se fiz a coisa certa de vir contar a ele.

- Tenho informações de que um de seus entregadores irá desviar duas cargas que chegaram amanhã.

- E quem seria esse entregador?- Eu hesito por um segundo mas digo.

- Enrico Donatello.- Nessa hora ele sorri e não entendo o motivo.
- Você está entregando seu amigo?- não respondo.- Fez bem em me conta, é bom saber que sua lealdade com a máfia está em dia, vamos resolver as coisas com Enrico.

- O que pretende fazer com ele?- Ele me lança um olhar irônico.

- Eu não farei nada,mas você vai! - diz.

- E o que quer que eu faça.- pergunto.

- Você irá matá-lo, não tolero traidores.- fico sem reação.

- E como eu vou fazer isso?- estou confuso e irritado.

- Aguarde minha ligação, agora se não tiver mais nada para me dizer pode se retirar tenho uma reunião agora.- Apenas aceno e saio de sua sala.

Pego carro e vou para meu apartamento não posso me arrepender, ele apenas terá o que merece e vou fazer com que seja rápido.

Assim que chego em meu apartamento tomo um banho e decido sair para beber em uma boate qualquer,preciso ocupar minha mente.

Queen of the máfia (Andamento)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora