XXXVIII - Dias Secos, Texas & Verão No Oregon II

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N/a: Erros como sempre conserto depois. Boa leitura!
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PLAY — Did We Lose Our Minds by Sabrina Claudio.

O corpo bronzeado pulou em mim com ambas as pernas entrelaçadas no entorno de minha cintura, levando-me a agarrar suas coxas e dar alguns passos para trás, esbarrando na mesinha onde o vaso espatifou no chão. Enfurecidas de vontade, nossas lágrimas misturavam-se entre derrota e vitória, salgadas, amargas, doces, eram tantos sentimentos insanos e aos tropeços, sentei no sofá e em algum ponto de todo aquele caos, prantos foram extintos, assim como mariposas claras ao serem derrotadas na Revolução Industrial. Desesperada, arrancou a própria jaqueta, sempre sustentando a mão que apoiava o cigarro, arremessando-a para um ponto cego, com o beijo inquebrável, faminta, firmou o aperto em meus ombros, descendo pelas costas, subindo por baixo da camiseta molhada qual vestia, arranhando de uma forma que levou-me a gemer audível em dor. Era brutal o quanto esfregávamos nossas peles, suspirando audível, em meio a trovões e trovões, ecos de barulhos causados pela violência da natureza e seus descontentamentos acerca de ações desempenhada por seres humanos.

Puxei-a para ainda mais perto, observando-a cessar nossa troca de contato, para tragar o cigarro, forte, soltando a fumaça pelas narinas, rebolando, levando-me a estremecer, ignorar o cheiro insuportável do qual odiava e do qual ela sabia que eu odiava.

Mas o vício era parte de sua cicatriz, era a herança de suas imperfeições e eu queria tudo.

Nos beijamos novamente e eu podia sentir meu queixo umedecer suavemente por conta de seus lábios desesperados pelo meu. Era diferente, era...

Violento.

E...

Muito carnal, muito....

Eu nunca soube bem explicar a forma como me beijava.

Até hoje não sei.

Meus dedos permaneciam fincados em sua cintura, mas a velocidade fora interrompida por ela.

— Me dê sua língua. — Pediu rouca.

Confusa, obedeci e estremeci com a chupada lenta qual teceu sobre ela, para logo em seguida rodea-la lentamente, conforme aproximava nossas bocas.

Isso é o que eu vou fazer no seu pau...— Sussurrou abafado com nossos lábios grudados. Levando-me a beirar a loucura somente com aquela frase maldita. — Desculpa, não resisti. — Soou cínica em tantos níveis....

Camila...

— T-tudo bem... — Gaguejei feito a garotinha virgem que era, completamente desestabilizada, perdida e desgovernada.

Hipnotizada.

O beijo surgiu dessa vez mais dócil, quente e lento. Havia tons solenes de sensualidade, nossas línguas entrelaçavam a todo instante em brincadeiras que empurravam-me direto para a cela de um manicômio, eu estava completamente dominada, sem chances de curas. Em algum ponto daquele troca plenamente vagorosa e puramente impulsionado de vontades incontroláveis, um corvo tornou pousar no topo de uma árvore lá fora, olhava o horizonte, como se...

Camila - Camren Where stories live. Discover now