she has a gift

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       - Versão do Bucky -

    Batroc tentava tirar minha atenção de seus homens armados, era patético que ele acreditasse no meu ato heroico e romântico com tanta inocência.

    Eu não estava ali para dar minha vida, ou melhor, minha liberdade, em troca da "minha Julieta".

   Apesar de que se fosse preciso, eu perigosamente consideraria isso.

    Mas Batroc estava enganado. Achava que eu me renderia. Que tudo estaria perdoado no momento em que Hope estivesse livre.

Quase senti pena.

     Eu acabaria com a raça dele, e de todos os seus homens, pelo simples fato de terem tocado na minha garota.

     O pirata falava sem parar, e eu não prestava atenção em nenhuma palavra, não me dava ao trabalho.

      Minhas mãos fechadas em punhos, meus olhos frios e ameaçadores, minha cabeça baixa... Tudo o que eu esperava era o sinal de Stan, a confirmação de que minha vida estava em segurança, meu único objetivo era ela.

       A ansiedade tornava a espera um pesadelo.

        Mas por alguns segundos, Batroc calou a boca, ele esperava por alguém, alguém que traria Hope.

      Como planejado, eu senti o chip em meu bolso vibrar, dando a afirmação que eu precisava para respirar novamente.

 

     Aquilo foi estranho.
As últimas horas sem Hope foram quase tão ruins quanto meu tempo na HIDRA, e aquele milésimo de segundo, aquela boba vibração que confirmava a segurança da garota, foi tão libertadora quanto me ver livre da tortura.

    Foi estranho, porque eu não sabia o que era respirar, até aquele momento.

     O único homem desarmado saiu de dentro do local, com o rosto marcado por um hematoma recente.

      Tive vontade de rir com a ideia de Hope ter causado aquilo.

       Eu sabia que tinha sido ela, porque ele era o responsável por trazê-la e, bom, ela não estava ali...

      Batroc fechou a cara, seu sorriso sádico e sarcástico foi deixando seu rosto. Ele não tinha pensado na possibilidade de eu estar envolvido, até ver a sombra de um sorriso em mim.

       Foi automático.
Todos viram aquilo como uma oportunidade para lutar.

Era como se esperassem, ansiosos, para lutar com o soldado invernal.

     O início foi fácil, derrubei uns 5 em menos de 3 minutos. Mas os outros 5 não largaram as armas.

      Aqueles ficaram decepcionados por não lutarem um por um, mas agradecidos por não terem sido humilhados em tão pouco tempo.

      Senti uma dor quente atravessar meu ombro direito.

       Eu tinha sido baleado.

Naquele momento, pensei ter ouvindo um grito abafado vindo do campo atrás de nós, mas não tive tempo de virar.

      Torci o cano da arma que soltara o disparo, e com ela, o homem que a segurava, quebrou a mão.

       O tiro não me incomodou tanto, contando que eu sempre lutava mais com o braço de metal.

    Foi só pensar...

         Outro tiro, esse queimou mais.

         Foi no abdômen.

Não somos vilõesWhere stories live. Discover now