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Fofo (Bucky e Becca).

• Fofo (Bucky e Becca)

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- Quando Becca nasceu.

- O momento mais assustador da sua vida.

- Sim.

- Por quê?

Bucky franziu a testa, se ajeitou na poltrona de couro, respirou fundo com os olhos fechados, como se voltasse àquele exato momento.

- Porque ela tem os meus olhos. E quando eu vi aquela coisa pequenininha e extremamente frágil, com os meus olhos, olhando diretamente pra mim... eu nunca me esforcei tanto, em toda a minha vida super estendida, pra manter o controle e não sair correndo. - seus olhos estavam marejados. - Eu estava desesperado, eu sei que é normal, todo pai de primeira viajem fica desnorteado e inseguro, se pergunta se ele consegue ser bom o suficiente para ajudar a criar um ser humano. Mas eu - bufou. - Por décadas eu nem sequer fui ser um ser humano.

- Isso não é verdade, James.

- Não importa. Eu percebi naquele momento que, não importa o que acontecesse comigo, com Hope, ou entre nós dois, aquela garotinha, minha filha, era o centro do meu universo. E se o universo já me deu alguma coisa, seja castigo ou benção, foi ela. Castigo porque... eu erro todos os dias tentando acertar, tentando ser o melhor que eu puder, e é cansativo, é um amor que dói e te consome, e você se culpa por não ser perfeito pra ela, por como ela vai me ver quando crescer e souber sobre o que eu fiz no passado... - Bucky encarava suas mãos, tentando não chorar. - e benção porque... porque eu não mereço ela, nenhuma das duas, Hope e minha filha. E mesmo assim, eu me sinto o homem mais sortudo que já passou por essa Terra, e cada segundo ao redor delas é como se todas as coisas ruins que me aconteceram, e que eu fiz... nunca existiram.

O silêncio tomou a sala enquanto o homem absorvia suas próprias palavras.

- Você tem medo?

- De quê?

- De qualquer coisa, quero saber se sente medo.

James deu uma risada sarcástica, mas pareceu mais uma careta.

- Sim, o tempo todo.

- Sabe o que isso significa?

Ele ergueu os olhos, curioso.

- Significa que você é humano, James. - falou, quase abrindo um sorriso.

O homem sorriu, processando aquelas palavras.

A doutora fechou o caderno, e encarou a janela.
- E se te ajuda a entender, o que vou falar não é profissional e deve ficar entre nós. - ela dá um pausa, esperando que o sigilo fique claro. - Você é um bom pai, e um bom marido, e uma boa pessoa que sofreu coisas horríveis, você é muito mais uma vítima, do que um monstro.

- Bem, esse definitivamente é um jeito de finalizar nossas sessões com uma conclusão emocionante. - sorriu.

A senhora se pôs de pé, assim como o soldado. Ambos apertaram as mãos com um singelo e grato sorriso no rosto.

Não somos vilõesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora