I'm coming.

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- Eu vou com vocês! - disse Hope num salto.
Chamando a atenção de Steve, Natasha e o moreno que os encontrou no térreo, devia ser Sam.

Natasha agiu como se ela não tivesse falado nada, apenas seguiu com Sam até a porta. O moreno a encarava intrigado.

Steve tentou sorrir, mas pareceu mais uma careta.

- Olha, não tem outro jeito de dizer isso. Não, não vou me responsabilizar...

- Não foi uma pergunta. - Hope falou com autoridade.

Pulou os últimos três degraus da escada e parou de frente ao homem loiro.

- Eu menti. Sei exatamente onde ele está.

Mentiu. Ela tinha uma vaga ideia, e esperou estar certa, com todas as forças... ela tinha que estar certa.

- E por que eu devia acreditar que essa não é uma desculpa pra eu te deixar ir?

não devia - pensou.

- Porque se alguém está mesmo controlando o soldado invernal... só eu sei como trazer Bucky de volta.

De escanteio, vi o moreno alto erguer as sobrancelhas. Talvez julgando, talvez surpreso, talvez chocado com meu estúpido buraco de mentiras.

Steve estava considerando.
Natasha não gostou disso.

O loiro bufou e disse:

- Hope, isso vai ficar perigoso, é inevitável. Nenhum de nós assinou o tratado, o que quer que façamos por ele, será fora da lei. - sussurrou.

Foi a vez da mulher bufar, e revirar os olhos.
Estava cansada daquela conversa besta.
Ela entendeu a jogada de Steve no momento em que ele pediu para a ruiva deixá-los sozinhos.

- A verdade é que você ainda é o "homem perfeito da América" - debochou - você acha que eu sou idiota? Sei que você quer salvar a vida dele, mas levá-lo à justiça? O que acha que o governo vai fazer com ele hm? Acha que vão perdoar? Acha que vão acordar e ver que cometeram um engano?

Suas mãos tremiam.
Hope estava jogando toda a sua raiva em Steve, e isso não era certo, mas não deixava de ser verdade.

- Você quer honestidade? Lá vai. Eu vou achar Bucky, com ou sem vocês, e nós vamos embora, nem que eu passe a vida fugindo. - ela se aproxima dele - Você acredita mesmo que o governo o trataria diferente da Hydra? Só por que seria a coisa certa a se fazer? - riu - Pra eles o Bucky morreu naquele trem Steve. Pra eles, ele é só uma arma, não uma ameaça, não... uma ameaça seria eliminada, mas uma arma... Os Estados Unidos matariam pra botar as mãos em uma arma como ele.

Agora todos os olhares estavam voltados para ela.
Provavelmente estava vermelha como um pimentão.

Steve buscou o olhar de Natasha, que cedeu, balançando a cabeça e voltando o olhar pra mim.

- Você tem certeza disso?

- Tenho.

- Ok. Então vamos, temos pouco tempo.

Foram 2 horas de confusão. Sam teve que enviar o Asa Vermelha para burlar o sistema do Complexo e pegarem um jato pequeno, não rastreável.

Steve a olhava de escanteio o tempo todo.
Sam não se apresentou formalmente, mas sorriu pra ela. Ele parecia intrigado, de algum modo tirando diversão de tudo aquilo.

Já Natasha era o contrário. A ruiva alternava seus olhares entre Hope e Steve, e só assim Hope conseguiu supor o que ela pensava. Era muito difícil ler Natasha, e ela tinha certeza que isso era intencional; mas quando a mulher olhava para Steve, uma aura de conforto e confiança surgia em seus olhos, por trás da constante preocupação.
Mas quando encarava Hope, apesar de não ser ameaçador, era intenso. Ela não confiava na garota, ao mesmo tempo que parecia morrer de curiosidade.

Não somos vilõesWhere stories live. Discover now