I'm not afraid of you

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       - Pra quem você trabalha? - Barnes pergunta depois de processar tudo o que tinha acontecido em tão pouco tempo.

      - O que? Como assim?

      - Você trabalha pra quem? Como me encontraram? - Ele estava assustado.

      - Eu não trabalho pra ninguém, eu salvei a sua pele, devia me agradecer. E se quiser fugir, vá pra um lugar no fim do mundo, não vá de Washington pra NY! Isso é... burrice!

Os dois se encaravam, ambos impressionados e ofendidos.

       - Você realmente sabe quem eu sou?

       - É claro que eu sei!

       - Então se sabe, porque me salvou?

     Hope se perguntava a mesma coisa, mas a resposta certa não aparecia, e ela soaria uma completa maluca.

Antes de tentar se explicar, ela olhou para frente e viu que o motorista prestava atenção na briga dos dois, ela se lembrou que era a única que não via o soldado invernal com maus olhos, ou seja, se o taxista o reconhecesse tudo ia por água abaixo.
A garota se esquiva e levanta a sobrancelha em sinal para Bucky.

        - Depois conversamos.

O carro parou ao lado da estação, a rua estava pouco movimentada e a única luz forte vinha da escadaria, Hope não podia levá-lo por lá, ainda tinham pessoas voltando do trabalho e provavelmte o metrô não estaria vazio.

Eles desceram do táxi e ela puxou o homem para o vazio entre a escadaria e a calçada mais próxima.

       - Quais as chances de você ser mais perigosa que eu ?

       - Como assim?

       - Você me reconhece e não se assusta, me ajuda a fugir, me joga no seu táxi e agora me enfia em um beco. - ele não tinha muita emoção na voz, mas era possível perceber o quão impressionado estava.

      - Bem, eu só achei que um fóssil pudesse ser valioso, o Capitão América não ia querer perder seu amigo mais um vez. - disse sarcástica.

     - Calma aí! Você trabalha pra ele?

     - Que droga Barnes! Eu não trabalho pra ninguém!

Mais uma vez os dois discutiam. Com medo dos ouvintes alheios que uma hora ou outra passavam, eles diminuíram o tom.

         - Obrigada - O soldado murmurou depois de alguns segundos.

Hope sorriu como resposta.

       - Podemos conversar? Eu te digo quem sou se aceitar pacificamente.

Ele ainda desconfiava de algo, não dela, mas da gentileza, da segurança, ele não sabia mais o que era isso, ele provavelmente falou mais com ela do que com qualquer um nos últimos 70 anos, sentia falta disso.

       - Conhece um lugar seguro?

       - Vem, vamos andar. - Hope chamou Barnes em sua direção e em poucos passos ele estava ao seu lado, ele era grande, e alto.

       - Meu nome é Hope aliás.

       - É um bom nome.

       - Obrigada - secretamente a garota o olhava esperando alguma emoção humanamente decifrável, nada. - Você deve estar se perguntando porque eu te salvei; eu também não sei ao certo. Mas saiba que não tenho medo de você e não sou uma espiã ou assassina do governo.

Não somos vilõesWhere stories live. Discover now