𝟏𝟑. Confissão

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Medo nunca fez parte das missões de Steve

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Medo nunca fez parte das missões de Steve. Desde a sua contribuição nas Forças Armadas, com a responsabilidade de liderar um pelotão, covardia era algo estritamente proibido entre os seus homens.

Mesmo que estivesse trabalhando diretamente para o governo – e desconfiando cada vez mais da agência para a qual trabalhava –, ele já esteve infiltrado em organizações terroristas, gangues clandestinas e até mesmo em partidos estrangeiros; desmontou impérios reinados por drogas e armas, levou homens intocáveis à prisão, ajudou crianças e mulheres presas a voltarem para suas terras.

Embora vivesse em uma eterna periculosidade, desafio era algo que corria em suas veias e o enchia de prazer. Quase viciado em ação, estar em campo servia como uma droga. Quanto mais doses, melhor a sensação. Em sua opinião, a adrenalina era um ótimo estimulante cerebral.

Frank Adler não era a primeira personalidade a assumir e suspeitava que não seria a última. Tinha em mente que se aquela missão saísse bem aos olhos do diretor Ross e atendesse tais expectativas, havia uma grande probabilidade do seu nome voltar a ser requisitado em trabalhos de campo. Talvez a doutora Raynor pudesse finalmente liberá-lo da área administrativa.

Por isso não pensou duas vezes antes de aceitar o caso entregue por Samuel Wilson, um velho amigo do exército. Era uma missão especial, tinha que admitir. Por mais que assumir disfarces não fosse algo novo em sua carreira, trabalhar com um grupo reduzido a duas pessoas era perigoso. Entendia o real motivo, mas ainda assim, não deixava de ser arriscado. No entanto, era exatamente o que Steve precisava. Uma missão atrativa o suficiente para fazê-lo voltar a ativa.

Todavia os objetivos mudaram no decorrer dos dias e não era porque ele apenas achava Natasha irrisoriamente atraente, mas sim pelo fato da pessoa que o contratou tornar-se o principal alvo da investigação; uma investigação mais complexa do que ele imaginou que seria, afinal existia a possibilidade de um suposto homicídio doloso qualificado que envolvia um dos candidatos a presidente do país.

Independente do resultado, seria difícil controlar os danos com a imprensa. Algo sempre custava a vazar.

Com um novo objetivo em mente, Steve precisava desconstruir o que fora definido pela CIA para o encerramento do caso de John Walker: provar que não foi um acidente provocado por um motorista embriagado. E nada melhor do que uma confissão do médico que legitimou um exame toxicológico falso.

Na noite de sexta-feira, enquanto Bucky se mantinha no apartamento até segundas ordens, Steve fez check-in no Lotte Hotel Seattle, onde aconteceria o XIX Congresso Nacional de Cirurgia. Uma reserva tinha sido feita criminosamente pelo parceiro hacker após invadir o sistema do hotel; seu novo disfarce: Nicholas Vaughan, neurocirurgião do Chicago General Hospital.

A primeira estratégia era observar o seu principal alvo, Vladimir Dreykov, atual diretor-chefe de cirurgia do Nova York General Hospital. Então Steve o acompanhou de longe, facilmente se misturando entre os inúmeros hóspedes, analisando a sua rotina e as pessoas que poderiam conhecê-lo.

RUN with ME | romanogersWhere stories live. Discover now