39. Última opção

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O peso da pistola em seus dedos sempre seria algo familiar para Steve

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O peso da pistola em seus dedos sempre seria algo familiar para Steve. No entanto, o toque frio do ferro contra a sua pele não o saciava mais, como há em tempos.

Houve uma época em sua vida que estar sob a posse de uma arma o satisfazia. A sensação do poder o agradando mais do que o necessário em combinação ao cargo importante que exercia na CIA. Steve achou que tinha encontrado prazer no vermelho do sangue e cinza da solidão, mas tudo isso se desfez como um castelo de areia ao conhecer Natasha.

A percepção de que em suas mãos, ele carregava algo que podia machucá-la, senão pior, o corroía dolorosamente. Ele nunca se perdoaria se algo acontecesse a ela. Ou a Olívia.

Ciente de que as coisas poderiam facilmente complicar nos próximos minutos, Steve desceu os degraus do grande casarão convencendo-se do contrário, seu estômago revirando brutalmente com a possibilidade de tudo dar errado em um estalar de dedos.

Ele tinha certeza que de não havia como serem encontrados ali. Ele se certificou disso. Mas, e se ele deixou algo escapar do controle? E se eles tiverem sido seguidos, ou hackeados?

— Qual é o plano? — Yelena indagou ao observar Steve espiar pela terceira vez atrás da fresta entre as cortinas, em direção ao enorme campo frontal da casa.

Um suspiro escapou dos pulmões ao perceber que não havia nenhum plano elaborado, sequer tinha tempo para criar um, praguejando mentalmente por não ter rascunhado uma rota de fuga para emergências.

A sensação de paz que o cobriu ao chegar em Vêneto o cegou dos verdadeiros objetivos, o permitindo esquecer de todo o caos que os direcionou à Europa.

— Temos ideia de quantos carros são? — Steve devolveu a pergunta, a mente buscando formas de alcançar uma solução para o enigma que ainda estava por vir.

— O sinal por satélite detectou dois carros — Bucky prontamente o respondeu, verificando mais uma vez a tela do seu tablet — Talvez sejam conhecidos da Carol.

— Ela não mencionou visitas — Natasha quebrou o silêncio, os braços contra o peito enquanto mantinha-se sentada ao braço de um dos sofás — Mas o Erik nunca deixaria alguém entrar na vinícola sem autorização.

— Podemos confiar nessa hipótese? — Natasha deu de ombros, insegura daquela hipótese — Quantos minutos temos?

— Cinco — Bucky respondeu a Steve, observando a movimentação inquieta na sala de estar.

Steve suspirou pesadamente ao espiar através dos vidros translúcidos mais uma vez. Daquela janela, dava para ver perfeitamente o caminho de lama, neve e cascalho se estender até meados do perímetro da vinícola, assim como precipitar uma fuga pelos fundos, atravessando a colheita de azeitonas, caso fosse necessário.

— Dois carros, supostamente 10 pessoas. Estamos em número menor — Bucky relatou mais uma vez, dessa vez, com mais cautela.

— Não há como cobrir todo o perímetro, mas vamos nos posicionar — Steve admitiu a contragosto — Bucky, eu quero você lá em cima, com o rifle no quarto principal. Atire em quem for necessário. Yelena aos fundos, há uma boa visão das colheitas atrás da mureta de pedra da varanda dianteira.

RUN with ME | romanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora