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pov macarena
— Merda, não acredito.
A chuva caía com muita agressividade e o vento trazia a água até meus pés descalços. O céu ficou cinza no meio da tarde, mas eu definitivamente não esperava uma chuva tão forte para estragar os meus planos de sair para festejar com Zulema.
— Entre antes que pegue uma pneumonia e morra. — Zulema gritou na janela.
Meus olhos rolaram e eu entrei de mal gosto para dentro da casa da mulher.
— Eu só queria encher a cara. — Reclamo me atirando no sofá e ficando de barriga para cima, olhando para o teto.
— E por que não fazemos isso aqui?
— Que?
Zulema riu nasalmente.
— Você sabe mais do que ninguém o que mais tem nos meus armários e na minha geladeira, Cariño.
Bem, aquilo era verdade. Houve uma vez em que eu estava vasculhando os armários de sua casa atrás de comida e tudo o que encontrei foram garrafas e mais garrafas de vinhos e espumantes caros. Eu achei um pacote de cookies depois de um tempo e disse a ela para que abrisse um bar e me chamasse para ser sócia.
Quando levantei do sofá depois de uns dois minutos mentalizando forças — Zulema sempre dizia que eu era muito dramática — passei por minha melhor amiga, que estava sentada com um livro na mão e seus óculos de leitura na poltrona do canto da sala. Ela tinha um rosto muito intelectual quando colocava aquela armação especificamente, quadrada e preta. As borboletas no meu estômago sempre faziam cosquinha quando a mulher me olhava com os óculos na ponta do nariz — E ela meio que fez isso no momento em que pensei.
— O que foi? — Perguntou com um pequeno sorrisinho nos lábios.
— O que?
Zulema levanta seus óculos, deixando como uma tiara em cima da cabeça.
— Querida, foi você que parou e ficou me olhando.
Senti minhas têmporas esquentarem e deixei meu olhar cair para meus pés ainda um pouco úmidos da chuva.