i wanna be your girlfriend

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"Não quero ser sua amiga, quero beijar seus lábios
Quero te beijar até perder o fôlego"
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"Não quero ser sua amiga, quero beijar seus lábiosQuero te beijar até perder o fôlego"________________________________

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pov macarena

Suor escorria na minha testa, meu coração martelava no peito. Eu estava pedalando com todas as minhas forças em plena véspera de natal, quando a neve já estava presa ao chão. Ou seja, eu poderia cair e quebrar uma perna a qualquer momento, mas bem, isso não importava. Eu precisava ver Zulema. Precisava falar para ela. Eu não suportaria mais um dia sem falar com aquela garota. Não quando ela é a minha única e melhor amiga, não quando é a garota por quem eu estou completamente apaixonada.

Eu precisava consertar o que havia feito, precisava me desculpar e dizer a verdade.

dois dias antes

— Por que você tá agindo como uma babaca? — Zulema segura meu pulso depois de me arrastar para o banheiro da escola. — O que eu fiz, Maca? Joder!

Minhas mãos estavam em punhos, eu mordia meus lábios. Eu não podia admitir o que estava na minha cabeça, não assim.

— É você que está se afastando, Zulema. — A culpo, porque era a maneira mais fácil. — Eu deveria agir normalmente? Deveria ser seu cachorrinho enquanto você só tem olhos para aquele moleque? Ah, por favor.

Zulema ri com histeria.

— Isso é sério? Ciúmes, Macarena? Era só o que me faltava.

A garota esfrega a mão no rosto e me olha desacreditada. Nesse ponto eu já me sentia mais do que envergonhada. Seus olhos pareciam pegar fogo, seu cenho franzido me dava medo. Será que eu exagerei? Merda.

— Não é ciúmes, eu apenas...

Zulema me interrompe.

— Para. Sério. Isso é ridículo. — A morena se aproxima olhando nos meus olhos. Parecia decepcionada e eu sentia meu coração se despedaçar. — Eu pensei que fossemos amigas. Pensei que me desse mais importância do que para um garoto qualquer.

Sinto meus olhos começarem a marejar, mas a raiva, no entanto, ainda era o que me dominava.

— Eu nunca quis ser sua amiga, ou sua confidente, Zulema.  — Vocifero. — Uma pena que você tenha esperado isso de mim.

A maneira como o brilho de Zulema se perdeu, foi como se eu acabasse de cuspir na sua cara.

Eu queria chorar, pedir perdão, me ajoelhar aos seus pés, mas não deu tempo nem mesmo de ver qualquer reação sua antes dela sair como um jato daquele banheiro.

Eu, definitivamente, era uma grande filha da puta.

dia atual

Joguei a bicicleta no chão sem me importar. Eu ofegava como nunca, era como se meu coração estivesse prestes a escapulir pela minha garganta, eu só não sabia se era pelo exercício ou por medo de Zulema nem querer olhar na minha cara.

Bato freneticamente na porta da casa antes de Saray abrir a porta para mim.

— Que merda você está fazendo aqui? — A garota me olha com raiva e eu nem posso culpá-la.

— Eu preciso falar com ela.

— Não, não precisa. — Saray arruma as mangas da blusa e cruza os braços. — Sabe do que você precisa? Uma bela de uma surra, loira idiota.

Meus ombros se encolhem automaticamente.

— Eu sei que também preciso disso, mas ver ela é mais urgente. — Dou um passo para frente e Saray me barra. — Saray, por favor.

— Desculpa nenhuma vai retirar as merdas que você disse, você também sabe disso, não é?

— Sei.

A cigana na minha frente ri e aquele tipo de risada me assusta.

— Você não vai passar, nem que eu tenha que te...

Eu, corajosamente, não deixo ela terminar o discurso protetor que provavelmente levaria uns cinco minutos, que, vão por mim, é um desperdício de tempo.

— Saray, eu te respeito, de verdade. Sempre me caguei de medo de levar um soco seu, mas agora, de verdade, eu quero que você se foda. — Suspiro tentando aproveitar os meus últimos minutos de vida. — Eu vou falar com Zulema agora nem que eu tenha que te chutar e sair correndo. Aquela garota é tudo pra mim, é a coisa mais... Mais... Mais difícil e maravilhosa que já aconteceu na minha vida depois de toda merda que me aconteceu. Então, sabe? Eu não ligo se você me arrebentar depois, eu vou, me explicar para ela.

Saray fica meio sem saber o que fazer depois de todo meu desabafo suicida, então fica fácil de entrar na casa e subir correndo as escadas em direção ao quarto de Zulema, mas eu não preciso ir muito, ela já estava parada lá em cima, me encarando com o brilho ainda apagado de seus olhos. Meu coração, de repente, volta a pular como louco.

— Zule...

Ela não diz nada, só acena para eu continuar subindo e entra em seu quarto.

Quando Zulema me encara como dois dias atrás, sinto que não vou conseguir nada do que tinha decorado no dia anterior. Mas eu precisava... Precisava falar para ela.

— Eu... — Encaro o chão. — Eu queria dizer que não retiro o que disse naquele dia.

Ouço uma risadinha fraca.

— É um ótimo jeito de começar suas desculpas.

Minhas bochechas esquentam e eu volto a olhar para meu escorpião lindo. Como eu pude ser tão idiota?

— Eu não retiro o que disse porque...

— Por que?

— Porque nem na primeira vez que conversamos, nem na primeira vez que te vi, eu quis sua amizade. — Sinto meus olhos marejarem então os fecho para tomar coragem. — E isso porque na verdade, eu sempre quis te beijar. Porque eu sempre quis segurar sua mão, cruzar nossos dedos... Eu sempre quis ser sua namorada. — Abro os olhos, mas encaro o chão novamente. — Meu coração sempre para quando você sorri para mim, ou quando você me manda mensagem dizendo que me ama. Eu odeio todos os seus namorados porque tenho inveja do carinho que eles ganham, dos beijos, dos abraços, ou de qualquer coisa que eles tem com você. Eu sei que isso talvez seja egoísta, mas eu te quero para mim, eu quero que você seja minha. Eu desejo desde o natal passado que você me veja como eu...

O baque das minhas costas contra a parede do quarto me assusta, mas meu coração só para quando Zulema me prende com seus braços e mira minha boca.

— Cala boca, Maca.

A maciez dos lábios da morena me fazem amolecer assim que eles me tocam. A língua dela procura pela minha e então as duas dançam juntas, se acariciam. Eu nunca, nem mesmo em sonhos, poderia imaginar algo tão bom quanto beijar Zulema Zahir. O calor que nos envolvia, suas mãos descendo para minha cintura... Eu fui para o paraíso e não percebi? Deus... A boca de Zulema era doce e quente, tão boa... Eu ficaria ali para sempre se pudesse. Eu roubaria todos os seus beijos se ela deixasse. Eu seria feliz pelo resto da minha vida. Sorrio.

Os milagres de natal começaram cedo este ano.

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n.a: oi, gente <3 só passando pra dizer que vou postar one's com referência natalinas do dia 20 ao dia 25. apenas doçura, amor (e um pouco de sexo) :)

zurena ao som de;Where stories live. Discover now